"Os Valores são os princípios indiscutiveis, que deverão servir de âncoras e alicerces à construção do que denominamos Ética de Vida.
Nós acreditamos nos Valores que, ao longo dos Séculos, têm dado provas de muito terem contribuido para dar sentido, significado e dignidade à existência humana.
Assim sendo, o Pai que somos, tem por imperativo moral de transmitir, da melhor forma que sabe, esses princípios aos seus descendentes."

Miguel Lencastre em "De um Pai para os Pais do Presente e do Futuro" - 2010

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

8 de Dezembro de 2024

Casa dos Coimbras - Reunião Familiar


Missa pelas 10:30 horas na Capela da Nossa Senhora da Conceição da Guia, celebrada pelo Senhor Padre Bruno Nobre, da Companhia de Jesus, com homilia em honra de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal.
Antes da Missa, o 14º Administrador da Capela e Casa dos Coimbras, D. Rodrigo de Coimbra de Queiroz Vasconcelos e Lencastre, proferiu as seguintes intenções da Missa:
 
“1ª. A Missa terá como primeira intenção a de satisfazer as disposições testamentárias do Dr. João de Coimbra, provisor do Arcebispo de Braga, D. Diogo de Souza, e instituidor do Morgadio dos Coimbras, dando-lhe como cabeça esta Capela de Nossa Senhora da Conceição da Guia, que o mesmo Dr. João de Coimbra escolheu para seu sarcófago e aqui se encontra sepultado.
 
2ª. A segunda intenção será para que o Reverendíssimo Cónego António Macedo, nosso Capelão de longa data, que se encontra em convalescença prolongada, brevemente se restabeleça, e que, igualmente, se encontre melhor, a nossa amiga Elisa Cunha e Silva, que tantas vezes participou nestas nossas reuniões – possam ambos estar aqui presentes de hoje a um ano, celebrando connosco, nesta capela, Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal.
 
3ª.  Como terceira intenção, pedimos pela nossa Tia Guidinha, D. Margarida Maria Lencastre, Matriarca da nossa Família, terno exemplo para as gerações que lhe sucedem, na vivência e testemunho dos bons Princípios e Valores herdados dos nossos antepassados e que devemos transmitir aos nossos filhos e netos. Pedimos a Nossa Senhora que a continue a guardar em saúde, graça e longevidade.
 
4ª.  Como o valor da Missa é infinito, ele será também aplicado por aqueles, já falecidos – e são já tantos – sem esquecer o meu Avô D. António de Lencastre (13º Administrador do Morgadio dos Coimbras), minha Avó D. Maria da Graça de Lencastre, meu Pai D. Miguel de Lencastre, meu Tio e Padrinho, D. João de Lencastre e minha Tia Maria José de Lencastre, meus Tios-Avós, Primos, parentes e amigos, que acorreram a esta cerimónia que, consecutivamente, se tem realizado há mais de 47 anos, sob a tutela de Nossa Senhora da Conceição da Guia.”
 
5ª. Do mesmo valor infinito da Missa esperamos que alguma graça ou réstia de virtude nos caiba, a nós, os vários que tão devotamente a ela assistimos e presenciamos, pedindo a Deus e a Nossa Senhora de Portugal que nos concedam saúde e paz, a nós e às nossas famílias.”
 

Após a Missa, seguiu-se o tradicional brinde com vinho fino do Douro, tomado na Sala do Capítulo da Torre dos Coimbras, durante o qual D. Rodrigo Lencastre proferiu palavras de boas-vindas a todos os convidados, baseadas nas seguintes notas previamente preparadas:
 
Um primeiro agradecimento dirigido a Deus e a Nossa Senhora da Conceição (data festiva) pelo privilégio de podermos estar reunidos desde há 47 anos para cá – por esse privilégio, fazemos a nossa Acção de Graças.

Um segundo agradecimento aos presentes: Familiares e Amigos. Como é tradição, felicitamos de forma especial os estreantes nestas andanças (o Sr. Padre Bruno Nobre que celebrou pela primeira vez a nossa Missa Mariana, minha prima Maria da Graça de Sousa Cardoso Milheiro da Costa e seu marido José Milheiro da Costa, minha prima Teresa Lencastre e seu noivo Bernardo Gaivão, minha prima Ana Filipa Lencastre e seu marido Pedro Manuel Rodrigues Lacerda Vieira e suas duas filhas Rita e Sílvia, os nossos amigos Gonçalo Bastos Pinto e António Augusto dos Santos Costa, o meu primo Pedro Lencastre Monteiro e finalmente o meu pequeno primo e afilhado, com apenas uma Primavera celebrada há dois dias,  D. João de Lencastre, filho varão do meu Primo Gaspar e que assim prolonga a nossa longa “varonia lencastrina”).
Sejam bem-vindos ao Clã.
 
Este ano, a razão das minhas palavras visa a Dignificação da palavra Pátria, o que Ela significa na riqueza da sua plenitude e a afirmação dos Valores que encerra. Para tal, recorri a escritos do arquivo do meu Pai, D. Miguel de Lencastre, um grande português e, quando vivo, um combatente acérrimo em defesa dos bons valores do Portugal etéreo, em tempos de guerra e de paz. Este texto, data de Outubro de 2011, mas permanece mais actual que nunca:
 
“No Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, lê-se que a Pátria é “o país em que cada um nasceu e de que é cidadão”. Contudo, a Pátria é algo de muito mais profundo, complexo e precioso.

A Pátria é a moldura que circunscreve e reflecte as virtudes e defeitos de um povo, a identidade de uma Nação e a História que lhe deu o Ser e a Alma.

A Pátria reúne em um só livro o Passado e o Presente, gerando ainda de forma indelével responsabilidades em relação ao futuro.

A Pátria portuguesa tem quase nove séculos de História!

Esta tem luzes e sombras, narra grandes feitos, epopeias, cobardias e traições, mas é inegável que enriqueceu de forma notável o Património da Humanidade.

A nossa Nação, no decorrer da sua já longa existência, foi governada por muitos e diversos Sistemas Políticos. Estes, melhores ou piores, são sempre limitados no seu tempo de vida. Eles são efémeros; a nossa Pátria deve ser perene.

A Pátria Portuguesa não é só o sacrário da sua memorável História; Ela está viva e, por isso, preparada para nos orientar no presente e ajudar a traçar o rumo para o futuro. Por isso, Ela responsabiliza e obriga os Portugueses de hoje a administrar com todo o zelo e desvelo o seu Património para, sem o desbaratar, ser transmitido às gerações vindouras.
Enfim, a Pátria deveria ser a “menina dos olhos” dos Portugueses e a sua musa inspiradora.”

E no entanto…

O Ensino oficial, a Literatura protegida, o Teatro e o Cinema subsidiados, a Comunicação Social dedicaram-se a achincalhar, ridicularizar, deturpar e até maldizer a Pátria.
A ideia de lutar e morrer pela Pátria tornou-se retrógrada e reaccionária. Impera hoje, a castradora máxima “mais vale um cobarde vivo que um herói morto”.
Hoje, se perguntarem aos nossos jovens o que é para eles a Pátria, a maioria responderá que é o sítio onde por acaso nasceram.

Para colmatar o vazio deixado pela morte dos Valores Pátrios, entronizou-se o materialismo em todas as suas vertentes, tendo este como preceito, fruir e gozar o presente, esquecer o passado e alijar as responsabilidades em relação ao futuro.

Por isso se incentivou de forma desbragada o consumismo, o hedonismo nas suas diversas facetas e se coroou como rei o relativismo que nega tudo o que é Absoluto e Sagrado.

Um patriota, espécie não protegida em vias de extinção, com amarga ironia escreveu: “O lema que vigorou no século passado foi “Deus, Pátria e Família”. Neste século, a diferença é pequena, basta acrescentar um “A”. Assim teremos Adeus Pátria e Família”.
 
Meu Pai terminava estes seus escritos sempre com a mesma interrogação:
“Portugal, para onde vais?”
 
A resposta a esta pergunta afigura-se cada vez mais lúgubre.
 
Termino com um pequeno prolongamento de filho, relativamente ao pensamento de seu Pai.

A nossa Pátria também começa nas nossas Casas, no nosso Lar, na nossa Família.
Sustém-se também nas correntes de Amizade e Lealdade que forjamos ao longo da vida.
Materializa-se em pedras inter-geracionais, erigidas num passado e preservadas no presente, rumo a um futuro.
A Pátria eleva-se ainda em Fé, num singelo altar de uma pequena capela mariana do Século XVI, ao redor do qual se congregam anualmente alguns portugueses de carácter.
E, finalmente, a Pátria celebra-se também em rituais solenes, dignos e nobres, sejam eles cerimoniados em efemérides formais e oficiais, de grande pompa e circunstância, sejam eles vividos num modesto brinde com Vinho Fino, comungado no seio de uma família de sangue e amizade, alentando-nos o animo, a coragem e a esperança para se cumprir o nosso Portugal!
 
Onde houver dois ou três portugueses de alma, haverá sempre Portugal!

PORTUGAL! PORTUGAL! PORTUGAL! VIVA!


Seguiu-se um almoço-convívio no restaurante “Palatu”, no centro histórico da cidade de Braga, no final do qual, cumprindo a tradição, o actual Administrador leu para todos a Acta, relativa à reunião familiar do ano de 2023.

Presentes - Reunião Familiar de 2024

  • D. Rodrigo de Coimbra Queiroz de Vasconcelos e Lencastre
  • Jorge Luís Blom Carneiro Leão
  • Isabel Carneiro Leão
  • Jocelyne Legrand Lencastre
  • Catarina Canedo Lencastre
  • Ana Filipa Conde Lencastre
  • Pedro Manuel Rodrigues Lacerda Vieira
  • Ana Conde Lencastre
  • António Lencastre
  • José de Freitas Lencastre
  • Sílvia Lencastre Vieira
  • Rita Lencastre Vieira
  • Teresa Furtado Peixoto Magalhães
  • D. Gaspar de Coimbra Torres de Queiroz Vasconcelos e Lencastre
  • D. João Maria Peixoto Magalhães de Vasconcelos e Lencastre
  • Maria Haydee de Queiroz e Lencastre
  • António Lencastre Menezes e Cruz
  • Nuno de Saavedra de Coimbra e Camanho de Lencastre
  • Filipa Freire de Andrade
  • Maria Luísa Sousa Cardoso
  • Maria da Graça de Sousa Cardoso Milheiro da Costa
  • Maria Ema Aguiar Queiroz Botelho de Sousa
  • José Milheiro da Costa
  • Nuno de Queiroz e Lencastre da Silva Torres
  • Gonçalo Bastos Pinto
  • Maria Isabel de Sousa Vasconcelos e Lencastre
  • Luis Megre Bessa
  • Ana Rita Lencastre
  • Luís da Gama Pimenta de Castro Damásio
  • Leonardo Pereira Rodrigues
  • Mariana Manuela Forbes de Bessa Lencastre
  • António Sousa Guedes
  • Francisco Xavier de Queiroz e Lencastre Torrinha
  • Mariana de Santiago Sottomayor de Brito e Faro
  • Maria Isabel Brito e Faro Fleming Torrinha
  • Maria Margarida de Brito e Faro Fleming Torrinha
  • João Vasconcelos Lencastre Menezes e Cruz
  • Rafael Lencastre Lins
  • Arnaldo Maria Rosas Pimentel Barbosa
  • Arnaldo Maria de Vasconcelos Lencastre Pimentel Barbosa
  • Sílvia Cardoso de Coimbra Vasconcelos Lencastre
  • Miguel Maria de Coimbra e Lencastre Pimentel Barbosa
  • Maria Isabel Legrand de Coimbra de Vasconcelos e Lencastre
  • António de Coimbra Madeira de Vasconcelos Lencastre Stoffel
  • Bernardo Lopo de Carvalho de Orey Gaivão
  • António Moura Maia Torres Carona
  • Leonor Afonso de Sepúlveda e Lencastre
  • Vicente de Lencastre Afonso e Sepúlveda Maia Carona
  • Gaspar de Lencastre Afonso e Neville Maia Carona
  • Teresa Brun Afonso de Camanho e Lencastre
  • Filipa de Lencastre Torres Vieira Pouzada
  • António Augusto dos Santos Costa
  • André Madeira Stoffel
  • Maria de Guadalupe Madeira de Vasconcelos Lencastre Stoffel
  • Maria da Graça Madeira de Vasconcelos e Lencastre Stoffel
  • Mariana Canedo de Coimbra de Vasconcelos e Lencastre
 
Presentes apenas na Missa:
  • Padre Bruno Nobre
  • Júlia Canedo
  • José Luís Canedo
  • Maria Joana Lencastre Torres Vieira Pouzada
  • António José Huet de Bacelar Pereira Marramaque
  • Pedro Lencastre Monteiro

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

8 de Dezembro de 2023

 Casa dos Coimbras - Reunião Familiar


Missa pelas 11:00 horas na Capela da Nossa Senhora da Conceição da Guia, celebrada pelo Senhor Padre Luís Filipe de Lencastre, com homilia em honra de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal.
 
Antes da Missa, o 14º Administrador da Capela e Casa dos Coimbras, D. Rodrigo de Coimbra de Queiroz Vasconcelos e Lencastre, proferiu as seguintes intenções da Missa:

“1ª. A primeira intenção da Missa será para satisfazer as determinações testamentárias do Dr. João de Coimbra, a quem se deve a construção desta Capela nos princípios de 1500, em honra a Nossa Senhora da Conceição da Guia, escolhida também para seu sarcófago, em que se encontra sepultado desde então e onde assentou também a sede do Morgadio dos Coimbras, instituído por 1530, por mercê de El Rei D. João III.
 
2ª. A segunda intenção será de sufrágio da alma da nossa Prima, D. Mariana Kendall Forbes de Bessa Lencastre, falecida a 18 de Fevereiro deste ano, com 95 anos, tendo sido presença assídua nestes nossos encontros marianos. Aos seus filhos, Mariana, Manelinha e António de Bessa Lencastre, hoje aqui presentes, assim como às suas irmãs, estendemos o nosso abraço fraterno.
 
3ª. Pedimos também pela alma do nosso bom amigo Dr. António Miranda da Rocha, caído no passado dia 13 de Outubro e que em vida marcou presença em algumas destas nossa reuniões anuais.
 
4ª. A quarta intenção será em sufrágio das almas de todos aqueles, parentes e amigos, falecidos, que de há 46 anos para cá assistiram a algumas destas reuniões anuais, a 8 de Dezembro, nesta Capela, relevando de forma especial os Administradores desde Morgadio que me antecederam.
 
5ª. Pelo restabelecimento do Reverendíssimo Cónego António Macedo, nosso Capelão de longa data, tendo celebrado a Missa connosco nesta Capela ao longo dos últimos 30 anos e que se encontra em convalescença desde há já algum tempo para cá; que Nossa Senhora da Conceição lhe conceda novamente a Graça da saúde e assim interceda por ele junto de Deus Pai.
 
6ª. Fazemos ainda uma intenção especial pelos nossos Primos Margarida e Carlos Pouzada que hoje celebram as suas Bodas de Ouro, pedindo a Deus lhes conceda a saúde e tranquilidade que lhes tem faltado neste último ano, estendendo também as suas bênçãos aos seus filhos, Carlos, Joana, Teresa, Mariana e José Carlos e seus netos.
 
7ª. Finalmente e como valor da Missa é infinito, fazemos intenção e Acção de Graças por duas vidas que, não estando hoje fisicamente presentes nesta Missa, simbolizam e encarnam ambas os extremos geracionais da nossa Família: a minha querida Tia Guidinha, D.Margarida Maria Lencastre, cujas cem Primaveras celebrámos em Janeiro deste ano (matriarca centenária da Família Lencastre) e o meu Primo D. João Maria de Peixoto Magalhães de Vasconcelos e Lencastre, filho primogénito dos meus primos Teresa Furtado e D. Gaspar Lencastre, nascido há dois dias, sendo por isso o membro mais novo da nossa Família. Cem anos que atravessam assim quatro gerações desta Família. Para ambos, pedimos a Nossa Senhora da Conceição da Guia, Padroeira desta Capela, as graças divinas e bênçãos marianas.”



Após a Missa, seguiu-se o tradicional brinde com vinho fino do Douro, tomado na Sala do Capítulo da Torre dos Coimbras, durante o qual D. Rodrigo Lencastre proferiu palavras de boas-vindas a todos os convidados, baseadas nas seguintes notas previamente preparadas:
 
1.   Primariamente e respeitando a nossa matriz familiar católica, fazemos a nossa Ação de Graças a Deus Pais e a Nossa Senhora, pelo privilégio de nos podermos reunir uma vez mais neste 8 de Dezembro, algo que fazemos ininterruptamente há já 46 anos. Celebrar a Família e a Amizade nesta dimensão mais formal e institucional, dando seguimento à vontade última do nosso antepassado D. João de Coimbra, releva a importância dos nossos laços e reforça de forma mais digna o seu estreitamento, sempre sob o regaço da nossa Mãe Celestial, cujo dia da Sua Conceição hoje celebramos.
 
2.   Muitos foram os “romeiros” familiares e amigos, que passaram por este Torreão dos Coimbras ao longo dos últimos 46 anos e muitos mais esperamos possam vir a passar no futuro. Somos assim as pedras vivas deste nosso “monumento familiar”. Mas o sinal maior da vivacidade destas nossas reuniões anuais, encarna nos nossos “estreantes anuais”, que pela primeira vez acorrem a esta celebração. Este ano relevo os nossos Primos Ana Rita Lencastre e seu marido Luis Megre Bessa, a Catarina Ribeiro da Cruz, mulher do nosso Primo Miguel Lencastre Duarte Monteiro, o nosso amigo António dos Santos Palha, cujo Pai privou durante longos anos, tanto nas lides escutistas, como nas da reconstrução da Casa dos Coimbras (chegando a ser também Procurador da nossa Capela), com o meu Bisavô D. José de Lencastre e posteriormente com o meu Avô D. António de Lencastre e meu Tio-Avô D. José Paulo de Lencastre e ainda os mais novos, nosso Primo Gaspar Carona, filho da Leonor Lencastre e do Vicente Carona, que se estreia nestas andanças logo no seu primeiro ano de vida (bom presságio) e as primas Maria Isabel e Maria Margarida Fleming Torrinha, netas dos nossos primos aqui presentes, Mariana Lencastre e José Fleming Torrinha.
Sejam todos bem-vindos ao Clã dos Coimbras e possam doravante brindar connosco neste dia, todos os anos!
 
3.    O ano passado, nesta mesma Sala do Capítulo, brindámos em homenagem a dois antepassados, cujas obras em vida permitiram estarmos hoje aqui, acolhidos por estas paredes de cinco séculos. Foram eles o Dr. João de Coimbra, construtor e fundador da Capela e Casa dos Coimbras e o meu Bisavô D. José de Lencastre, reconstrutor e salvador da Casa dos Coimbras, tendo conseguido em 1924 resgatá-la à sua total destruição, reconstruindo-a de raiz, pedra por pedra, no lado Norte da estrada que, por sua vez, foi construída no início do século XX, dando origem ao Largo de Santa Cruz que hoje conhecemos, mas que na altura implicou a demolição do Palacete dos Coimbras, situado então em área que corresponderia hoje ao lado Sul da dita rua.
 
Brindado este passado familiar, este ano a homenagem que gostaria fazer é dirigida às gerações futuras, encarnadas nos nossos filhos e netos. Possam eles prolongar o espírito destas nossas reuniões nos Valores e Princípios que defendemos e tentamos viver. Estejam eles à altura dos desafios e dificuldades que um mundo cada vez mais mundano e vulgar lhes irá colocar. Verdade é que a espuma destes nossos dias se tem feito sentir em vagas corrosivas de um relativismo perigoso, facilitador e comodista, conveniente para alimentar os egoísmos e apetites imediatos dos que tudo querem, mas que nada fazem.
Temo que esta nossa descendência próxima tenha de enfrentar, cedo ou tarde (e será sempre cedo demais) novas ameaças de destruição/demolição destes muros que hoje aqui vivemos e celebramos. Muros que simbolizam a nossa Fé e a nossa Honra, sustentadas na Verdade, na Justiça e no Carácter de cada um de nós. Não percamos também nós a coragem de os assumir ao longo da nossa Vida.
Sirvam também estas reuniões para nos revitalizarmos neste propósito, alimentando-nos de forças e ânimo uns dos outros, nesta nossa Família de Sangue e Amizade para assim continuarmos a lutar contra o “desconcerto” deste mundo
Aos nossos mais pequenos, os que nos continuam, saibamos ser exemplo nas palavras e nas ações, falando-lhes, sem medo, com a nossa Razão e a nossa Alma sobre Deus, a Pátria, a Família, a Honra, o Amor e o Respeito ao Próximo, ajudando-os desta forma a construir também a sua Razão e a sua Alma que um dia serão a espada e o escudo para os seus combates do Amanhã.
 
4.    Apesar desta espuma dos nossos dias, que vos falo com mágoa e preocupação, não esqueçamos, pois, o verdadeiro oceano que nos envolve e nos é fonte de vida. Hoje é um desses dias, em que temos o privilégio de sentir este mar que nos une a todos como Família. O facto de estarmos hoje aqui a brindar aos que foram e aos que hão de ser, é sem dúvida um farol de esperança para o Futuro – é também mais um exemplo que damos aos mais novos. Também por isso, tenho como de grande responsabilidade e reforçada importância o compromisso de continuarmos a realizar estas celebrações anuais neste dia da nossa Padroeira de Portugal, bebendo da fonte deste Vinho Fino da nossa Família, néctar divino dos valores católicos e lusitanos.
Termino com um mote que em tempos me foi dado a reflectir como lema de vida:
“Quem muito tem, muito pode. Quem nada tem, pode tudo. Tudo tem para vencer…nada tem a perder. Resta construir!”
Que Deus Pai e Nossa Senhora da Conceição nos concedam, a nós e aos nossos filhos, a sabedoria para bem decidir e a coragem para bem agir… e construir.
 
Ao futuro, aos nossos filhos:
PORTUGAL, PORTUGAL, PORTUGAL! VIVA!


Seguiu-se um almoço-convívio no Jardim da Casa dos Coimbras, no final do qual, cumprindo a tradição, a Prima do actual Administrador, Ana Lencastre Nunes de Oliveira, com a ajuda do próprio D. Rodrigo de Lencastre, leu para todos a Acta, relativa à reunião familiar do ano de 2022, com indicação dos nomes de todos os presentes no almoço-convívio por essa ocasião.


Presentes - Reunião Familiar de 2023

  • D. Rodrigo de Coimbra Queiroz de Vasconcelos e Lencastre

  • Nuno de Queiroz e Lencastre da Silva Torres
  • Maria Ema Aguiar Queiroz Botelho de Sousa
  • Mariana Forbes Bessa Lencastre
  • José Cardoso
  • Maria Haydee de Queiroz e Lencastre
  • António Lencastre Menezes e Cruz
  • António Forbes de Bessa Lencastre
  • Maria Filipa Prieto Freire de Andrade
  • Maria Manuela Forbes de Bessa Lencastre
  • Mariana de Camanho Queiroz e Lencastre
  • José Fleming Torrinha
  • António Sousa Guedes
  • Sílvia Cardoso de Coimbra Vasconcelos Lencastre
  • Arnaldo Maria Rosas Pimentel Barbosa
  • Arnaldo Maria de Vasconcelos Lencastre Pimentel Barbosa
  • Maria Luísa Sousa Cardoso
  • Elisa Cunha e Silva
  • Ana de Saavedra e Lencastre Nunes de Oliveira
  • Jocelyne Legrand
  • Nuno de Saavedra de Coimbra e Camanho de Lencastre
  • António da Conceição Sampaio dos Santos Palha
  • Rafael Lencastre de Menezes e Cruz Dueire Lins
  • José Diogo Alves Nicolau
  • Jorge Luís Blom Carneiro Leão
  • Isabel Maria Moura Ribeiro Queirós
  • Joana Prieto Afonso de Neville e Lencastre
  • Rodrigo Lencastre Afonso Torres Nicolau
  • João Lencastre Afonso Torres Nicolau
  • Leonor Afonso de Sepúlveda e Lencastre
  • António Moura Maria Torres Carona
  • Vicente de Lencastre Afonso e Sepúlveda Maia Carona
  • Gaspar de Lencastre Afonso e Neville Maia Carona
  • Miguel de Queiroz e Lencastre Duarte Monteiro
  • Catarina Caiano Ribeiro da Cruz
  • João de Vasconcelos e Lencastre de Menezes e Cruz
  • André Madeira Stoffel
  • Maria da Graça Madeira de Vasconcelos e Lencastre Stoffel
  • António Maria de Lencastre Torres Pereira da Cunha
  • Maria de Guadalupe Madeira de Vasconcelos Lencastre Stoffel
  • António de Coimbra Madeira de Vasconcelos Lencastre Stoffel
  • Maria Isabel de Sousa Vasconcelos e Lencastre
  • Francisco Guedes de Carvalho
  • Miguel Maria de Coimbra e Lencastre Pimentel Barbosa
  • Paulo de Neville da Cunha Sepúlveda de Lencastre
  • Ana Maria Lencastre
  • Luís Megre Bessa
  • Luís da Gama Pimenta de Castro Damásio
  • Maria Isabel de Brito e Faro Fleming Torrinha
  • Maria Margarida de Brito e Faro Fleming Torrinha

    Presentes apenas na Missa:
  • Padre Luís Filipe de Lencastre
  • Rui Miguel Lencastre Torres Pereira da Cunha

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

8 de Dezembro de 2022

Casa dos Coimbras - Reunião Familiar








Missa pelas 11:00 horas na Capela da Nossa Senhora da Conceição da Guia, celebrada pelo Senhor Padre Luís Filipe de Lencastre, com homilia em honra de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal. A Missa foi também transmitida em directo para os demais familiares e amigos que não puderam estar presentes, através da Internet. 

 

Antes da Missa, o 14º Administrador da Capela e Casa dos Coimbras, D. Rodrigo de Coimbra de Queiroz Vasconcelos e Lencastre, proferiu as seguintes intenções da Missa:

“Antes de partilhar as intenções da Missa, gostaria de agradecer a presença do nosso Primo, o Sr. Padre Luís Filipe de Lencastre, que irá celebrar hoje connosco a Eucaristia, na ausência do nosso muito estimado Sr. Cónego António Macedo que, por motivos de doença prolongada, não pode este ano celebrar a nossa Missa, como o tem feito desde há muitos anos para cá, ininterruptamente. Ao Sr. Padre Luís Filipe de Lencastre damos, portanto, as boas-vindas a esta Capela dos Coimbras, consagrada a Nossa Senhora da Conceição da Guia, guardando nós a espectativa de poder continuar a tê-lo connosco em futuros anos.

1ª. A Missa terá como primeira intenção a de satisfazer as disposições testamentárias do Dr. João de Coimbra, provisor do Arcebispo de Braga, D. Diogo de Souza, e instituidor do Morgadio dos Coimbras, dando-lhe como cabeça esta Capela de Nossa Senhora da Conceição da Guia, que o mesmo Dr. João de Coimbra escolheu para seu sarcófago e aqui se encontra sepultado.

2ª. A segunda intenção será de sufrágio das almas, falecidas este ano: D. Maria Mendes de Freitas Lencastre, minha Tia-Avó, casada com o meu Tio-Avô D. Manuel de Lencastre, ambos marcaram presença no prelúdio destas reuniões anuais, estando aqui presente a sua Filha Maria Haydee de Queiroz e Lencastre; o nosso Primo Miguel Maria Freitas Lencastre, que no passado também marcou presença nestas celebrações familiares e cujo irmão, José Freitas Lencastre, aqui está presente; por fim, em sufrágio da alma de do Primo José Ernesto Souza-Cardoso, faz hoje precisamente um ano da sua morte e também ele assistiu a algumas destas reuniões anuais.

3ª. Outra intenção será para que o Reverendíssimo Cónego António Macedo, nosso Capelão que, desde há muitos anos para cá, celebra esta Eucaristia Mariana connosco, todos os 8 de Dezembro e que se encontra em convalescença; brevemente se restabeleça e que possa regressar a esta Capela de hoje a um ano para novamente celebrar a Santa Missa.

4ª. Ainda uma intenção pelo rápido restabelecimento da nossa amiga Elisa Cunha e Silva, assídua presença nestas nossas reuniões e também da nossa Prima Maria Teresa Pouzada Martins Bonito, que nos anos mais recentes tem também celebrado connosco estas cerimónias.

5ª. As últimas intenções da Missa serão pelas almas de todos os caídos, e já são tantos, que acorreram a esta cerimónia que, anualmente, sem qualquer quebra, se tem realizado há já 45 anos. “

 


Terminadas as intenções formais, peço também a Nossa Senhora da Conceição da Guia, Padroeira desta Capela, uma bênção especial para a nossa ditosa Tia Guidinha, D. Maria Margarida Lencastre, que completará em Janeiro próximo os seus 100 anos de caminho neste mundo terreno; damos graças pelo seu século de vida – uma inspiração e exemplo de Fé e Abnegação em prol do próximo e da nossa Família. Estendo um abraço de saudade às Terras de Vera Cruz, onde hoje se encontra. Possa a nossa oração chegar mais longe do que o oceano que nos separa da nossa querida Tia-Matriarca”.

 

Após a Missa, seguiu-se o tradicional brinde com vinho fino do Douro, tomado na Sala do Capítulo da Torre dos Coimbras, durante o qual D. Rodrigo Lencastre proferiu palavras de boas-vindas a todos os convidados, baseadas nas seguintes notas previamente preparadas:

  1. Como Cristãos que somos e dando graças pelo privilégio de estarmos hoje reunidos, neste torreão centenário, comungando do nosso Sangue e da nossa Amizade, agradecemos sempre prioritariamente a Deus Pai e a Nossa Senhora da Conceição, nossa Mãe divina e Padroeira da Capela dos Coimbras, que hoje celebramos. Vão já 45 anos de ininterrupta realização destas nossas reuniões anuais, a caminhar para meio século. Possamos nós continuar a contar os anos até lá, com saúde e em união familiar e fraternal.
  1. E também pela quadragésima-quinta ocasião, agradeço a presença de todos os que aqui me rodeiam. Presentemente posso dizer que apenas uma pessoa nunca falhou nenhuma destas celebrações anuais. Como tal, faço uma menção de honra à minha Tia Menu (D. Maria Isabel de Lencastre), nossa pedra basilar da descendência do meu Avô D. António. Relevo também a minha Tia-Avó Guidinha que irá celebrar brevemente, em Terras de Ver Cruz, um século de vida! Nossa Senhora a continue a proteger e a guarde em Graça entre nós!
  1. Respeitando ainda a tradição das breves palavras proferidas nesta Torre, da mesma forma que o meu Avô e meu Pai já o faziam, felicito de forma especial os debutantes nestas nossas andanças de 8 de Dezembro: o nosso Primo, Sr. Padre Luís Filipe de Lencastre, minhas Primas, Joaninha e Leonor Lencastre, seus maridos Diogo Alves Nicolau e António Carona e os seus filhos, Rodrigo e João Alves Nicolau e Vicente Carona. Felicito ainda a estreia do meu Primo Francisco Ferraz e do nosso amigo Francisco Guedes de Carvalho e finalmente a presença refrescante do meu Sobrinho e Afilhado de Batismo, Miguel Lencastre Pimentel Barbosa. Bem-vindos ao nosso Clã dos Coimbras. Desejamos que por cá continuem nos próximos anos!
  1. Esta ano, as minhas palavras assumem um formato mais didático, importante para conhecermos um pouco mais a história desta Casa e Capela dos Coimbras. Como descendentes e herdeiros deste património espiritual, devemos celebrar estas pedras, não só brindando a elas, mas também aprendendo um pouco mais sobre quem as ergueu. Neste caso irei sobrelevar dois antepassados nossos que contribuíram de forma inequívoca e definitiva para o privilégio de estarmos hoje aqui, protegidos por estes muros: Dr. João de Coimbra, o fundador e D. José de Lencastre, meu Bisavô, que resgatou a Casa dos Coimbras da sua destruição quase certa. Assim, partilho convosco o texto de um estudo descomplicado, mas primoroso, realizado em 1995, por Maria da Assunção Jácome de Vasconcelos, também ela nossa Prima:
  1. D. João de Coimbra, Doutor em Degredos, era natural de Lisboa e viveu em S. Vicente de Fora, por cima do Marco Salgado. Veio para Braga em 1505, no tempo do Cardeal D. Jorge da Costa. Entre vário cargos que assumiu em vida, foi Provisor e Vigário Geral da Arquidiocese de Braga, (funções confirmadas em Setembro de 1505, pelo Arcebispo D. Diogo de Sousa, figura histórica e ímpar da cidade de Braga). Foi também abade da freguesia de S. João do Souto (onde hoje nos encontramos), de S. João de Nogueira, de S. Miguel de Soutelo, de Santa Maria de Oriz, e de S. Cibrão de Vilar de Ossos.

A avaliar pela quantidade de cargos eclesiásticos, não admira que as casas que o Dr. João De Coimbra mandou edificar viessem a reflectir toda a sua importância social e económica.

São também de considerar as influências humanísticas e renascentistas exercidas pelo Cardeal D. Jorge da Costa e pelo grande Arcebispo D. Diogo de Sousa, a quem esteve muito ligado, e que devem ter contribuído para moldar a sua sensibilidade e gosto artísticos.

Por outro lado, teve o Dr. João de Coimbra a oportunidade de aproveitar a estadia em Braga dos artistas Biscainhos, chamados por D. Diogo de Sousa "para a majestosa fábrica da capela-mor da sua Catedral", aos quais encarregou de construírem a sua residência – a Casa dos Coimbras. Iniciado em 1505, o edifício encontra-se concluído no ano de 1512, tendo o Dr. João de Coimbra despendido para o efeito uma grande soma de dinheiro.

Treze anos após a realização destas obras, D. João de Coimbra manda construir, para sepultura, a Capela de Nossa Senhora da Conceição, na Igreja de S. João do Souto, situada também dentro dos muros da cidade, em frente à torre-capela da sua residência, ou seja, no lado norte da Rua de S. João. A Capela foi edificada em 1525, (conforme a inscrição nela gravada), pelos mesmos artistas que haviam construído a Casa dos Coimbras e a sua beleza arquitetónica motivou a publicação de diversos estudos histórico-artísticos até aos dias de hoje.

Posteriormente, a 16 de Fevereiro de 1530, o Dr. João de Coimbra institui, com licença d'El Rei D. João III, (provisão de Março de 1527 e breve do papa Clemente III), um vínculo na sua Capela, com obrigação de Missa quotidiana de 24 reis e 2 quartos de ceitis e mais uma missa todas as Sextas-feiras, e ainda com obrigação de, sendo a Capela visitada pelo Prelado, o Administrador lhe doar 1.200 reis (a respetiva manutenção deste vínculo era portanto bastante cara). Constituíam este vínculo muitos e importantes bens, sendo de assinalar, entre outros, a Quinta de Oriz com a sua Torre, (que é hoje propriedade de meu Primo Paulo de Lencastre, aqui presente), o Casal de Toral, na freguesia de Santa Eulália de Tenões, os Casais de Carcavelos e do Rego, em S. Martinho de Dume, a Quinta do Lago, (Entre Homem e Cávado), as casas da Rua do Souto e do Adro de S. João do Souto, e outras casas, com quintal, em Lisboa.

À sua descendência até finais do Século XIX, se devem alguns acrescentamentos e melhoramentos na Casa da Rua de S. João, como sejam: "os dois corpos extremos, as escadas e as portas subjacentes, a escada do pátio e a cocheira onde deu nova ampliação aos motivos ornamentais retirados do velho edifício"

Por princípios do século passado, em 1903, a Câmara de Braga, demonstrando uma total ignorância pela beleza deste solar, e tendo em vista a abertura da Rua D. Afonso Henriques e do Largo S. João do Souto, expropriou o terreno, deixando ao seu proprietário, D. José Maria de Queiroz de Lencastre, (4º Neto de D. Serafina de Coimbra que, por sua vez, era 5ª Neta de D. João de Coimbra e casada com João de Queiroz Botelho), todo o material do edifício.

A demolição que então se seguiu parecia significar o fim da Casa dos Coimbras. No entanto, consciente da sua responsabilidade como representante da histórica família dos Coimbras, o Senhor D. José de Lencastre não esmoreceu de ânimo. E assim, embora pudesse ter levado as pedras e demais ornamentos para outras casas e quintas de que era proprietário, resolveu em vez disso guardá-Ias em Braga, (primeiramente no Palácio das Carvalheiras e posteriormente noutro local), procurando adquirir um terreno que se situasse junto da Capela e do antigo Solar, o que veio a conseguir alguns anos mais tarde.

Assim, em 1924, é concluída a reconstrução da actual Casa dos Coimbras, inspirada no antigo edifício, e segundo o projecto do notável arquitecto bracarense José da Costa Vilaça. Esta feliz intervenção impediu que a cidade de Braga viesse a perder um dos seus edifícios de maior beleza arquitectónica.

Os actuais proprietários dos dois edifícios, continuam a dar cumprimento às determinações do Fundador da Capela e, a exemplo dos seus antepassados, nela mandam celebrar, todos os anos uma Missa, no dia 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição. Resta acrescentar que a demolição da Casa se inseriu num processo de destruição de toda a parte medieval da cidade, levada a efeito naquela época. Infelizmente, já nos nossos dias, perante a passividade das entidades responsáveis, tem-se continuado a assistir à delapidação do património histórico local e à consequente descaracterização da velha Cidade dos Arcebispos”.

  1. Queridos Amigos, peço desculpa pelo alongar desta dissertação, mas penso que ela não só foi pertinente, como também justa e merecida, perante as obras em vida destes dois nossos honrados antepassados que se materializam neste Monumento à nossa História, à nossa Fé e à nossa Família.

Tenho para mim que, à medida que avançamos na nossa longevidade de vida, começamos a pensar e a descobrir o nosso mundo fora das esferas do tempo e do espaço. Procuramos algo maior e etéreo para a nossa existência. Algo que nos una ao que nos precede e ao que nos procede. Passado, Presente e Futuro. De facto, acredito que esta “Geometria Triangular Existencial” materializa-se e consubstancia-se neste espaço, a Casa e Capela dos Coimbras e neste tempo, os nossos 8 de Dezembro de todos os anos.

Conhecer as nossas origens e celebrá-las neste dia tem sido para nós, ao longo destes 45 anos, uma Missão contínua que uma vez mais cumprimos hoje.

E…, no entanto, falta ainda cumprir o Futuro. Como já dizia o Poeta…falta cumprir-se Portugal!

Seja esta a Hora!

PORTUGAL, PORTUGAL, PORTUGAL! VIVA!



Seguiu-se um almoço-convívio no Jardim da Casa dos Coimbras, no final do qual, cumprindo a tradição, a Sobrinha e Afilhada do actual Administrador, Maria de Guadalupe Madeira de Vasconcelos Lencastre Stoffel, com a ajuda de D. Gaspar de Lencastre, leu para todos a Acta, relativa à reunião familiar do ano de 2021, com indicação dos nomes de todos os presentes no almoço-convívio por essa ocasião.

Presentes - Reunião Familiar de 2022

  • D. Rodrigo de Coimbra Queiroz de Vasconcelos e Lencastre
  • Jocelyne Legrand Lencastre
  • Ana Catarina Canedo Lencastre
  • Maria Margarida Ribeiro Godinho de Resende dos Santos
  • Pedro Jorge Pias Canedo
  • Nuno de Saavedra de Coimbra e Camanho de Lencastre
  • Maria Haydee de Queiroz e Lencastre
  • Maria Luísa Sousa Cardoso
  • José de Freitas Lencastre
  • Maria Isabel de Sousa Vasconcelos e Lencastre
  • António Lencastre Menezes e Cruz
  • Maria Manuela Forbes de Bessa Lencastre
  • Maria Ema Aguiar Queiroz Botelho de Sousa
  • António Andresen de Castro …
  • Manuel Lencastre Torres Gonçalves Henriques
  • Isabel Maria Sarmento de Beires de Abreu e Lima Gonçalves Henroques
  • Maria Isabel Legrand de Coimbra de Vasconcelos e Lencastre
  • Teresa Furtado Peixoto Magalhães
  • Sílvia Cardoso de Coimbra Vasconcelos Lencastre
  • Rodrigo Cochofel Hölzer e Brito
  • Francisco Guedes de Carvalho
  • Francisco Lencastre Ferraz
  • Arnaldo Maria Rosas Pimentel Barbosa
  • Arnaldo Maria de Vasconcelos Lencastre Pimentel Barbosa
  • Miguel Maria de Coimbra e Lencastre Pimentel Barbosa
  • Filipa Freire de Andrade
  • Ana Maria de Lencastre
  • Joana Prieto Afonso de Neville e Lencastre
  • Diogo Alves Nicolau
  • Rodrigo Lencastre Afonso Torres Nicolau
  • João Lencastre Afonso Torres Nicolau
  • António Moura Maria Torres Carona
  • Vicente de Lencastre Afonso e Sepúlveda Maia Carona
  • Leonor Afonso de Sepúlveda e Lencastre
  • Ana de Saavedra e Lencastre Nunes de Oliveira
  • Paulo de Neville da Cunha Sepúlveda de Lencastre
  • João Lencastre Figueiredo
  • Paulo Lencastre Torres Gonçalves Henriques
  • Marta Valtierra Garcia
  • João de Vasconcelos e Lencastre de Menezes e Cruz
  • Rafael Lencastre Lins
  • D. Gaspar de Coimbra Torres de Queiroz Vasconcelos e Lencastre
  • Diogo de Lencastre Torres Pereira da Cunha
  • Pedro Lencastre Torres de Castro Henriques
  • Maria de Guadalupe Madeira de Vasconcelos Lencastre Stoffel
  • Maria Margarida Canedo de Queiroz Vasconcelos e Lencastre
  • Mariana Canedo de Coimbra Vasconcelos e Lencastre
  • Maria da Graça Madeira de Vasconcelos Stoffel
  • André Madeira Stoffel
  • António de Coimbra Madeira de Vasconcelos Lencastre Stoffel

  • Presentes apenas na Missa:
  • Padre Luís Filipe de Lencastre
  • Júlia Canedo
  • José Luís Canedo