"Os Valores são os princípios indiscutiveis, que deverão servir de âncoras e alicerces à construção do que denominamos Ética de Vida.
Nós acreditamos nos Valores que, ao longo dos Séculos, têm dado provas de muito terem contribuido para dar sentido, significado e dignidade à existência humana.
Assim sendo, o Pai que somos, tem por imperativo moral de transmitir, da melhor forma que sabe, esses princípios aos seus descendentes."

Miguel Lencastre em "De um Pai para os Pais do Presente e do Futuro" - 2010

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

8 de Dezembro de 2023

 Casa dos Coimbras - Reunião Familiar


Missa pelas 11:00 horas na Capela da Nossa Senhora da Conceição da Guia, celebrada pelo Senhor Padre Luís Filipe de Lencastre, com homilia em honra de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal.
 
Antes da Missa, o 14º Administrador da Capela e Casa dos Coimbras, D. Rodrigo de Coimbra de Queiroz Vasconcelos e Lencastre, proferiu as seguintes intenções da Missa:

“1ª. A primeira intenção da Missa será para satisfazer as determinações testamentárias do Dr. João de Coimbra, a quem se deve a construção desta Capela nos princípios de 1500, em honra a Nossa Senhora da Conceição da Guia, escolhida também para seu sarcófago, em que se encontra sepultado desde então e onde assentou também a sede do Morgadio dos Coimbras, instituído por 1530, por mercê de El Rei D. João III.
 
2ª. A segunda intenção será de sufrágio da alma da nossa Prima, D. Mariana Kendall Forbes de Bessa Lencastre, falecida a 18 de Fevereiro deste ano, com 95 anos, tendo sido presença assídua nestes nossos encontros marianos. Aos seus filhos, Mariana, Manelinha e António de Bessa Lencastre, hoje aqui presentes, assim como às suas irmãs, estendemos o nosso abraço fraterno.
 
3ª. Pedimos também pela alma do nosso bom amigo Dr. António Miranda da Rocha, caído no passado dia 13 de Outubro e que em vida marcou presença em algumas destas nossa reuniões anuais.
 
4ª. A quarta intenção será em sufrágio das almas de todos aqueles, parentes e amigos, falecidos, que de há 46 anos para cá assistiram a algumas destas reuniões anuais, a 8 de Dezembro, nesta Capela, relevando de forma especial os Administradores desde Morgadio que me antecederam.
 
5ª. Pelo restabelecimento do Reverendíssimo Cónego António Macedo, nosso Capelão de longa data, tendo celebrado a Missa connosco nesta Capela ao longo dos últimos 30 anos e que se encontra em convalescença desde há já algum tempo para cá; que Nossa Senhora da Conceição lhe conceda novamente a Graça da saúde e assim interceda por ele junto de Deus Pai.
 
6ª. Fazemos ainda uma intenção especial pelos nossos Primos Margarida e Carlos Pouzada que hoje celebram as suas Bodas de Ouro, pedindo a Deus lhes conceda a saúde e tranquilidade que lhes tem faltado neste último ano, estendendo também as suas bênçãos aos seus filhos, Carlos, Joana, Teresa, Mariana e José Carlos e seus netos.
 
7ª. Finalmente e como valor da Missa é infinito, fazemos intenção e Acção de Graças por duas vidas que, não estando hoje fisicamente presentes nesta Missa, simbolizam e encarnam ambas os extremos geracionais da nossa Família: a minha querida Tia Guidinha, D. Maria Margarida Lencastre, cujas cem Primaveras celebrámos em Janeiro deste ano (matriarca centenária da Família Lencastre) e o meu Primo D. João Maria de Peixoto Magalhães de Vasconcelos e Lencastre, filho primogénito dos meus primos Teresa Furtado e D. Gaspar Lencastre, nascido há dois dias, sendo por isso o membro mais novo da nossa Família. Cem anos que atravessam assim quatro gerações desta Família. Para ambos, pedimos a Nossa Senhora da Conceição da Guia, Padroeira desta Capela, as graças divinas e bênçãos marianas.”



Após a Missa, seguiu-se o tradicional brinde com vinho fino do Douro, tomado na Sala do Capítulo da Torre dos Coimbras, durante o qual D. Rodrigo Lencastre proferiu palavras de boas-vindas a todos os convidados, baseadas nas seguintes notas previamente preparadas:
 
1.   Primariamente e respeitando a nossa matriz familiar católica, fazemos a nossa Ação de Graças a Deus Pais e a Nossa Senhora, pelo privilégio de nos podermos reunir uma vez mais neste 8 de Dezembro, algo que fazemos ininterruptamente há já 46 anos. Celebrar a Família e a Amizade nesta dimensão mais formal e institucional, dando seguimento à vontade última do nosso antepassado D. João de Coimbra, releva a importância dos nossos laços e reforça de forma mais digna o seu estreitamento, sempre sob o regaço da nossa Mãe Celestial, cujo dia da Sua Conceição hoje celebramos.
 
2.   Muitos foram os “romeiros” familiares e amigos, que passaram por este Torreão dos Coimbras ao longo dos últimos 46 anos e muitos mais esperamos possam vir a passar no futuro. Somos assim as pedras vivas deste nosso “monumento familiar”. Mas o sinal maior da vivacidade destas nossas reuniões anuais, encarna nos nossos “estreantes anuais”, que pela primeira vez acorrem a esta celebração. Este ano relevo os nossos Primos Ana Maria Lencastre e seu marido Luis Megre Bessa, a Catarina Ribeiro da Cruz, mulher do nosso Primo Miguel Lencastre Duarte Monteiro, o nosso amigo António dos Santos Palha, cujo Pai privou durante longos anos, tanto nas lides escutistas, como nas da reconstrução da Casa dos Coimbras (chegando a ser também Procurador da nossa Capela), com o meu Bisavô D. José de Lencastre e posteriormente com o meu Avô D. António de Lencastre e meu Tio-Avô D. José Paulo de Lencastre e ainda os mais novos, nosso Primo Gaspar Carona, filho da Leonor Lencastre e do Vicente Carona, que se estreia nestas andanças logo no seu primeiro ano de vida (bom presságio) e as primas Maria Isabel e Maria Margarida Fleming Torrinha, netas dos nossos primos aqui presentes, Mariana Lencastre e José Fleming Torrinha.
Sejam todos bem-vindos ao Clã dos Coimbras e possam doravante brindar connosco neste dia, todos os anos!
 
3.    O ano passado, nesta mesma Sala do Capítulo, brindámos em homenagem a dois antepassados, cujas obras em vida permitiram estarmos hoje aqui, acolhidos por estas paredes de cinco séculos. Foram eles o Dr. João de Coimbra, construtor e fundador da Capela e Casa dos Coimbras e o meu Bisavô D. José de Lencastre, reconstrutor e salvador da Casa dos Coimbras, tendo conseguido em 1924 resgatá-la à sua total destruição, reconstruindo-a de raiz, pedra por pedra, no lado Norte da estrada que, por sua vez, foi construída no início do século XX, dando origem ao Largo de Santa Cruz que hoje conhecemos, mas que na altura implicou a demolição do Palacete dos Coimbras, situado então em área que corresponderia hoje ao lado Sul da dita rua.
 
Brindado este passado familiar, este ano a homenagem que gostaria fazer é dirigida às gerações futuras, encarnadas nos nossos filhos e netos. Possam eles prolongar o espírito destas nossas reuniões nos Valores e Princípios que defendemos e tentamos viver. Estejam eles à altura dos desafios e dificuldades que um mundo cada vez mais mundano e vulgar lhes irá colocar. Verdade é que a espuma destes nossos dias se tem feito sentir em vagas corrosivas de um relativismo perigoso, facilitador e comodista, conveniente para alimentar os egoísmos e apetites imediatos dos que tudo querem, mas que nada fazem.
Temo que esta nossa descendência próxima tenha de enfrentar, cedo ou tarde (e será sempre cedo demais) novas ameaças de destruição/demolição destes muros que hoje aqui vivemos e celebramos. Muros que simbolizam a nossa Fé e a nossa Honra, sustentadas na Verdade, na Justiça e no Carácter de cada um de nós. Não percamos também nós a coragem de os assumir ao longo da nossa Vida.
Sirvam também estas reuniões para nos revitalizarmos neste propósito, alimentando-nos de forças e ânimo uns dos outros, nesta nossa Família de Sangue e Amizade para assim continuarmos a lutar contra o “desconcerto” deste mundo
Aos nossos mais pequenos, os que nos continuam, saibamos ser exemplo nas palavras e nas ações, falando-lhes, sem medo, com a nossa Razão e a nossa Alma sobre Deus, a Pátria, a Família, a Honra, o Amor e o Respeito ao Próximo, ajudando-os desta forma a construir também a sua Razão e a sua Alma que um dia serão a espada e o escudo para os seus combates do Amanhã.
 
4.    Apesar desta espuma dos nossos dias, que vos falo com mágoa e preocupação, não esqueçamos, pois, o verdadeiro oceano que nos envolve e nos é fonte de vida. Hoje é um desses dias, em que temos o privilégio de sentir este mar que nos une a todos como Família. O facto de estarmos hoje aqui a brindar aos que foram e aos que hão de ser, é sem dúvida um farol de esperança para o Futuro – é também mais um exemplo que damos aos mais novos. Também por isso, tenho como de grande responsabilidade e reforçada importância o compromisso de continuarmos a realizar estas celebrações anuais neste dia da nossa Padroeira de Portugal, bebendo da fonte deste Vinho Fino da nossa Família, néctar divino dos valores católicos e lusitanos.
Termino com um mote que em tempos me foi dado a reflectir como lema de vida:
“Quem muito tem, muito pode. Quem nada tem, pode tudo. Tudo tem para vencer…nada tem a perder. Resta construir!”
Que Deus Pai e Nossa Senhora da Conceição nos concedam, a nós e aos nossos filhos, a sabedoria para bem decidir e a coragem para bem agir… e construir.
 
Ao futuro, aos nossos filhos:
PORTUGAL, PORTUGAL, PORTUGAL! VIVA!


Seguiu-se um almoço-convívio no Jardim da Casa dos Coimbras, no final do qual, cumprindo a tradição, a Prima do actual Administrador, Ana Lencastre Nunes de Oliveira, com a ajuda do próprio D. Rodrigo de Lencastre, leu para todos a Acta, relativa à reunião familiar do ano de 2022, com indicação dos nomes de todos os presentes no almoço-convívio por essa ocasião.


Presentes - Reunião Familiar de 2023

  • D. Rodrigo de Coimbra Queiroz de Vasconcelos e Lencastre

  • Nuno de Queiroz e Lencastre da Silva Torres
  • Maria Ema Aguiar Queiroz Botelho de Sousa
  • Mariana Forbes Bessa Lencastre
  • José Cardoso
  • Maria Haydee de Queiroz e Lencastre
  • António Lencastre Menezes e Cruz
  • António Forbes de Bessa Lencastre
  • Maria Filipa Prieto Freire de Andrade
  • Maria Manuela Forbes de Bessa Lencastre
  • Mariana de Camanho Queiroz e Lencastre
  • José Fleming Torrinha
  • António Sousa Guedes
  • Sílvia Cardoso de Coimbra Vasconcelos Lencastre
  • Arnaldo Maria Rosas Pimentel Barbosa
  • Arnaldo Maria de Vasconcelos Lencastre Pimentel Barbosa
  • Maria Luísa Sousa Cardoso
  • Elisa Cunha e Silva
  • Ana de Saavedra e Lencastre Nunes de Oliveira
  • Jocelyne Legrand
  • Nuno de Saavedra de Coimbra e Camanho de Lencastre
  • António da Conceição Sampaio dos Santos Palha
  • Rafael Lencastre de Menezes e Cruz Dueire Lins
  • José Diogo Alves Nicolau
  • Jorge Luís Blom Carneiro Leão
  • Isabel Maria Moura Ribeiro Queirós
  • Joana Prieto Afonso de Neville e Lencastre
  • Rodrigo Lencastre Afonso Torres Nicolau
  • João Lencastre Afonso Torres Nicolau
  • Leonor Afonso de Sepúlveda e Lencastre
  • António Moura Maria Torres Carona
  • Vicente de Lencastre Afonso e Sepúlveda Maia Carona
  • Gaspar de Lencastre Afonso e Neville Maia Carona
  • Miguel de Queiroz e Lencastre Duarte Monteiro
  • Catarina Caiano Ribeiro da Cruz
  • João de Vasconcelos e Lencastre de Menezes e Cruz
  • André Madeira Stoffel
  • Maria da Graça Madeira de Vasconcelos e Lencastre Stoffel
  • António Maria de Lencastre Torres Pereira da Cunha
  • Maria de Guadalupe Madeira de Vasconcelos Lencastre Stoffel
  • António de Coimbra Madeira de Vasconcelos Lencastre Stoffel
  • Maria Isabel de Sousa Vasconcelos e Lencastre
  • Francisco Guedes de Carvalho
  • Miguel Maria de Coimbra e Lencastre Pimentel Barbosa
  • Paulo de Neville da Cunha Sepúlveda de Lencastre
  • Ana Maria Lencastre
  • Luís Megre Bessa
  • Luís da Gama Pimenta de Castro Damásio
  • Maria Isabel de Brito e Faro Fleming Torrinha
  • Maria Margarida de Brito e Faro Fleming Torrinha

    Presentes apenas na Missa:
  • Padre Luís Filipe de Lencastre
  • Rui Miguel Lencastre Torres Pereira da Cunha

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

8 de Dezembro de 2022

Casa dos Coimbras - Reunião Familiar








Missa pelas 11:00 horas na Capela da Nossa Senhora da Conceição da Guia, celebrada pelo Senhor Padre Luís Filipe de Lencastre, com homilia em honra de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal. A Missa foi também transmitida em directo para os demais familiares e amigos que não puderam estar presentes, através da Internet. 

 

Antes da Missa, o 14º Administrador da Capela e Casa dos Coimbras, D. Rodrigo de Coimbra de Queiroz Vasconcelos e Lencastre, proferiu as seguintes intenções da Missa:

“Antes de partilhar as intenções da Missa, gostaria de agradecer a presença do nosso Primo, o Sr. Padre Luís Filipe de Lencastre, que irá celebrar hoje connosco a Eucaristia, na ausência do nosso muito estimado Sr. Cónego António Macedo que, por motivos de doença prolongada, não pode este ano celebrar a nossa Missa, como o tem feito desde há muitos anos para cá, ininterruptamente. Ao Sr. Padre Luís Filipe de Lencastre damos, portanto, as boas-vindas a esta Capela dos Coimbras, consagrada a Nossa Senhora da Conceição da Guia, guardando nós a espectativa de poder continuar a tê-lo connosco em futuros anos.

1ª. A Missa terá como primeira intenção a de satisfazer as disposições testamentárias do Dr. João de Coimbra, provisor do Arcebispo de Braga, D. Diogo de Souza, e instituidor do Morgadio dos Coimbras, dando-lhe como cabeça esta Capela de Nossa Senhora da Conceição da Guia, que o mesmo Dr. João de Coimbra escolheu para seu sarcófago e aqui se encontra sepultado.

2ª. A segunda intenção será de sufrágio das almas, falecidas este ano: D. Maria Mendes de Freitas Lencastre, minha Tia-Avó, casada com o meu Tio-Avô D. Manuel de Lencastre, ambos marcaram presença no prelúdio destas reuniões anuais, estando aqui presente a sua Filha Maria Haydee de Queiroz e Lencastre; o nosso Primo Miguel Maria Freitas Lencastre, que no passado também marcou presença nestas celebrações familiares e cujo irmão, José Freitas Lencastre, aqui está presente; por fim, em sufrágio da alma de do Primo José Ernesto Souza-Cardoso, faz hoje precisamente um ano da sua morte e também ele assistiu a algumas destas reuniões anuais.

3ª. Outra intenção será para que o Reverendíssimo Cónego António Macedo, nosso Capelão que, desde há muitos anos para cá, celebra esta Eucaristia Mariana connosco, todos os 8 de Dezembro e que se encontra em convalescença; brevemente se restabeleça e que possa regressar a esta Capela de hoje a um ano para novamente celebrar a Santa Missa.

4ª. Ainda uma intenção pelo rápido restabelecimento da nossa amiga Elisa Cunha e Silva, assídua presença nestas nossas reuniões e também da nossa Prima Maria Teresa Pouzada Martins Bonito, que nos anos mais recentes tem também celebrado connosco estas cerimónias.

5ª. As últimas intenções da Missa serão pelas almas de todos os caídos, e já são tantos, que acorreram a esta cerimónia que, anualmente, sem qualquer quebra, se tem realizado há já 45 anos. “

 


Terminadas as intenções formais, peço também a Nossa Senhora da Conceição da Guia, Padroeira desta Capela, uma bênção especial para a nossa ditosa Tia Guidinha, D. Maria Margarida Lencastre, que completará em Janeiro próximo os seus 100 anos de caminho neste mundo terreno; damos graças pelo seu século de vida – uma inspiração e exemplo de Fé e Abnegação em prol do próximo e da nossa Família. Estendo um abraço de saudade às Terras de Vera Cruz, onde hoje se encontra. Possa a nossa oração chegar mais longe do que o oceano que nos separa da nossa querida Tia-Matriarca”.

 

Após a Missa, seguiu-se o tradicional brinde com vinho fino do Douro, tomado na Sala do Capítulo da Torre dos Coimbras, durante o qual D. Rodrigo Lencastre proferiu palavras de boas-vindas a todos os convidados, baseadas nas seguintes notas previamente preparadas:

  1. Como Cristãos que somos e dando graças pelo privilégio de estarmos hoje reunidos, neste torreão centenário, comungando do nosso Sangue e da nossa Amizade, agradecemos sempre prioritariamente a Deus Pai e a Nossa Senhora da Conceição, nossa Mãe divina e Padroeira da Capela dos Coimbras, que hoje celebramos. Vão já 45 anos de ininterrupta realização destas nossas reuniões anuais, a caminhar para meio século. Possamos nós continuar a contar os anos até lá, com saúde e em união familiar e fraternal.
  1. E também pela quadragésima-quinta ocasião, agradeço a presença de todos os que aqui me rodeiam. Presentemente posso dizer que apenas uma pessoa nunca falhou nenhuma destas celebrações anuais. Como tal, faço uma menção de honra à minha Tia Menu (D. Maria Isabel de Lencastre), nossa pedra basilar da descendência do meu Avô D. António. Relevo também a minha Tia-Avó Guidinha que irá celebrar brevemente, em Terras de Ver Cruz, um século de vida! Nossa Senhora a continue a proteger e a guarde em Graça entre nós!
  1. Respeitando ainda a tradição das breves palavras proferidas nesta Torre, da mesma forma que o meu Avô e meu Pai já o faziam, felicito de forma especial os debutantes nestas nossas andanças de 8 de Dezembro: o nosso Primo, Sr. Padre Luís Filipe de Lencastre, minhas Primas, Joaninha e Leonor Lencastre, seus maridos Diogo Alves Nicolau e António Carona e os seus filhos, Rodrigo e João Alves Nicolau e Vicente Carona. Felicito ainda a estreia do meu Primo Francisco Ferraz e do nosso amigo Francisco Guedes de Carvalho e finalmente a presença refrescante do meu Sobrinho e Afilhado de Batismo, Miguel Lencastre Pimentel Barbosa. Bem-vindos ao nosso Clã dos Coimbras. Desejamos que por cá continuem nos próximos anos!
  1. Esta ano, as minhas palavras assumem um formato mais didático, importante para conhecermos um pouco mais a história desta Casa e Capela dos Coimbras. Como descendentes e herdeiros deste património espiritual, devemos celebrar estas pedras, não só brindando a elas, mas também aprendendo um pouco mais sobre quem as ergueu. Neste caso irei sobrelevar dois antepassados nossos que contribuíram de forma inequívoca e definitiva para o privilégio de estarmos hoje aqui, protegidos por estes muros: Dr. João de Coimbra, o fundador e D. José de Lencastre, meu Bisavô, que resgatou a Casa dos Coimbras da sua destruição quase certa. Assim, partilho convosco o texto de um estudo descomplicado, mas primoroso, realizado em 1995, por Maria da Assunção Jácome de Vasconcelos, também ela nossa Prima:
  1. D. João de Coimbra, Doutor em Degredos, era natural de Lisboa e viveu em S. Vicente de Fora, por cima do Marco Salgado. Veio para Braga em 1505, no tempo do Cardeal D. Jorge da Costa. Entre vário cargos que assumiu em vida, foi Provisor e Vigário Geral da Arquidiocese de Braga, (funções confirmadas em Setembro de 1505, pelo Arcebispo D. Diogo de Sousa, figura histórica e ímpar da cidade de Braga). Foi também abade da freguesia de S. João do Souto (onde hoje nos encontramos), de S. João de Nogueira, de S. Miguel de Soutelo, de Santa Maria de Oriz, e de S. Cibrão de Vilar de Ossos.

A avaliar pela quantidade de cargos eclesiásticos, não admira que as casas que o Dr. João De Coimbra mandou edificar viessem a reflectir toda a sua importância social e económica.

São também de considerar as influências humanísticas e renascentistas exercidas pelo Cardeal D. Jorge da Costa e pelo grande Arcebispo D. Diogo de Sousa, a quem esteve muito ligado, e que devem ter contribuído para moldar a sua sensibilidade e gosto artísticos.

Por outro lado, teve o Dr. João de Coimbra a oportunidade de aproveitar a estadia em Braga dos artistas Biscainhos, chamados por D. Diogo de Sousa "para a majestosa fábrica da capela-mor da sua Catedral", aos quais encarregou de construírem a sua residência – a Casa dos Coimbras. Iniciado em 1505, o edifício encontra-se concluído no ano de 1512, tendo o Dr. João de Coimbra despendido para o efeito uma grande soma de dinheiro.

Treze anos após a realização destas obras, D. João de Coimbra manda construir, para sepultura, a Capela de Nossa Senhora da Conceição, na Igreja de S. João do Souto, situada também dentro dos muros da cidade, em frente à torre-capela da sua residência, ou seja, no lado norte da Rua de S. João. A Capela foi edificada em 1525, (conforme a inscrição nela gravada), pelos mesmos artistas que haviam construído a Casa dos Coimbras e a sua beleza arquitetónica motivou a publicação de diversos estudos histórico-artísticos até aos dias de hoje.

Posteriormente, a 16 de Fevereiro de 1530, o Dr. João de Coimbra institui, com licença d'El Rei D. João III, (provisão de Março de 1527 e breve do papa Clemente III), um vínculo na sua Capela, com obrigação de Missa quotidiana de 24 reis e 2 quartos de ceitis e mais uma missa todas as Sextas-feiras, e ainda com obrigação de, sendo a Capela visitada pelo Prelado, o Administrador lhe doar 1.200 reis (a respetiva manutenção deste vínculo era portanto bastante cara). Constituíam este vínculo muitos e importantes bens, sendo de assinalar, entre outros, a Quinta de Oriz com a sua Torre, (que é hoje propriedade de meu Primo Paulo de Lencastre, aqui presente), o Casal de Toral, na freguesia de Santa Eulália de Tenões, os Casais de Carcavelos e do Rego, em S. Martinho de Dume, a Quinta do Lago, (Entre Homem e Cávado), as casas da Rua do Souto e do Adro de S. João do Souto, e outras casas, com quintal, em Lisboa.

À sua descendência até finais do Século XIX, se devem alguns acrescentamentos e melhoramentos na Casa da Rua de S. João, como sejam: "os dois corpos extremos, as escadas e as portas subjacentes, a escada do pátio e a cocheira onde deu nova ampliação aos motivos ornamentais retirados do velho edifício"

Por princípios do século passado, em 1903, a Câmara de Braga, demonstrando uma total ignorância pela beleza deste solar, e tendo em vista a abertura da Rua D. Afonso Henriques e do Largo S. João do Souto, expropriou o terreno, deixando ao seu proprietário, D. José Maria de Queiroz de Lencastre, (4º Neto de D. Serafina de Coimbra que, por sua vez, era 5ª Neta de D. João de Coimbra e casada com João de Queiroz Botelho), todo o material do edifício.

A demolição que então se seguiu parecia significar o fim da Casa dos Coimbras. No entanto, consciente da sua responsabilidade como representante da histórica família dos Coimbras, o Senhor D. José de Lencastre não esmoreceu de ânimo. E assim, embora pudesse ter levado as pedras e demais ornamentos para outras casas e quintas de que era proprietário, resolveu em vez disso guardá-Ias em Braga, (primeiramente no Palácio das Carvalheiras e posteriormente noutro local), procurando adquirir um terreno que se situasse junto da Capela e do antigo Solar, o que veio a conseguir alguns anos mais tarde.

Assim, em 1924, é concluída a reconstrução da actual Casa dos Coimbras, inspirada no antigo edifício, e segundo o projecto do notável arquitecto bracarense José da Costa Vilaça. Esta feliz intervenção impediu que a cidade de Braga viesse a perder um dos seus edifícios de maior beleza arquitectónica.

Os actuais proprietários dos dois edifícios, continuam a dar cumprimento às determinações do Fundador da Capela e, a exemplo dos seus antepassados, nela mandam celebrar, todos os anos uma Missa, no dia 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição. Resta acrescentar que a demolição da Casa se inseriu num processo de destruição de toda a parte medieval da cidade, levada a efeito naquela época. Infelizmente, já nos nossos dias, perante a passividade das entidades responsáveis, tem-se continuado a assistir à delapidação do património histórico local e à consequente descaracterização da velha Cidade dos Arcebispos”.

  1. Queridos Amigos, peço desculpa pelo alongar desta dissertação, mas penso que ela não só foi pertinente, como também justa e merecida, perante as obras em vida destes dois nossos honrados antepassados que se materializam neste Monumento à nossa História, à nossa Fé e à nossa Família.

Tenho para mim que, à medida que avançamos na nossa longevidade de vida, começamos a pensar e a descobrir o nosso mundo fora das esferas do tempo e do espaço. Procuramos algo maior e etéreo para a nossa existência. Algo que nos una ao que nos precede e ao que nos procede. Passado, Presente e Futuro. De facto, acredito que esta “Geometria Triangular Existencial” materializa-se e consubstancia-se neste espaço, a Casa e Capela dos Coimbras e neste tempo, os nossos 8 de Dezembro de todos os anos.

Conhecer as nossas origens e celebrá-las neste dia tem sido para nós, ao longo destes 45 anos, uma Missão contínua que uma vez mais cumprimos hoje.

E…, no entanto, falta ainda cumprir o Futuro. Como já dizia o Poeta…falta cumprir-se Portugal!

Seja esta a Hora!

PORTUGAL, PORTUGAL, PORTUGAL! VIVA!



Seguiu-se um almoço-convívio no Jardim da Casa dos Coimbras, no final do qual, cumprindo a tradição, a Sobrinha e Afilhada do actual Administrador, Maria de Guadalupe Madeira de Vasconcelos Lencastre Stoffel, com a ajuda de D. Gaspar de Lencastre, leu para todos a Acta, relativa à reunião familiar do ano de 2021, com indicação dos nomes de todos os presentes no almoço-convívio por essa ocasião.

Presentes - Reunião Familiar de 2022

  • D. Rodrigo de Coimbra Queiroz de Vasconcelos e Lencastre
  • Jocelyne Legrand Lencastre
  • Ana Catarina Canedo Lencastre
  • Maria Margarida Ribeiro Godinho de Resende dos Santos
  • Pedro Jorge Pias Canedo
  • Nuno de Saavedra de Coimbra e Camanho de Lencastre
  • Maria Haydee de Queiroz e Lencastre
  • Maria Luísa Sousa Cardoso
  • José de Freitas Lencastre
  • Maria Isabel de Sousa Vasconcelos e Lencastre
  • António Lencastre Menezes e Cruz
  • Maria Manuela Forbes de Bessa Lencastre
  • Maria Ema Aguiar Queiroz Botelho de Sousa
  • António Andresen de Castro …
  • Manuel Lencastre Torres Gonçalves Henriques
  • Isabel Maria Sarmento de Beires de Abreu e Lima Gonçalves Henroques
  • Maria Isabel Legrand de Coimbra de Vasconcelos e Lencastre
  • Teresa Furtado Peixoto Magalhães
  • Sílvia Cardoso de Coimbra Vasconcelos Lencastre
  • Rodrigo Cochofel Hölzer e Brito
  • Francisco Guedes de Carvalho
  • Francisco Lencastre Ferraz
  • Arnaldo Maria Rosas Pimentel Barbosa
  • Arnaldo Maria de Vasconcelos Lencastre Pimentel Barbosa
  • Miguel Maria de Coimbra e Lencastre Pimentel Barbosa
  • Filipa Freire de Andrade
  • Ana Maria de Lencastre
  • Joana Prieto Afonso de Neville e Lencastre
  • Diogo Alves Nicolau
  • Rodrigo Lencastre Afonso Torres Nicolau
  • João Lencastre Afonso Torres Nicolau
  • António Moura Maria Torres Carona
  • Vicente de Lencastre Afonso e Sepúlveda Maia Carona
  • Leonor Afonso de Sepúlveda e Lencastre
  • Ana de Saavedra e Lencastre Nunes de Oliveira
  • Paulo de Neville da Cunha Sepúlveda de Lencastre
  • João Lencastre Figueiredo
  • Paulo Lencastre Torres Gonçalves Henriques
  • Marta Valtierra Garcia
  • João de Vasconcelos e Lencastre de Menezes e Cruz
  • Rafael Lencastre Lins
  • D. Gaspar de Coimbra Torres de Queiroz Vasconcelos e Lencastre
  • Diogo de Lencastre Torres Pereira da Cunha
  • Pedro Lencastre Torres de Castro Henriques
  • Maria de Guadalupe Madeira de Vasconcelos Lencastre Stoffel
  • Maria Margarida Canedo de Queiroz Vasconcelos e Lencastre
  • Mariana Canedo de Coimbra Vasconcelos e Lencastre
  • Maria da Graça Madeira de Vasconcelos Stoffel
  • André Madeira Stoffel
  • António de Coimbra Madeira de Vasconcelos Lencastre Stoffel

  • Presentes apenas na Missa:
  • Padre Luís Filipe de Lencastre
  • Júlia Canedo
  • José Luís Canedo

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

8 de Dezembro de 2021

 Casa dos Coimbras - Reunião Familiar


Missa pelas 11:00 horas na Capela da Nossa Senhora da Conceição da Guia, celebrada pelo Reverendíssimo Cónego António Macedo, com homilia em honra de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal. A Missa foi também transmitida em directo para os demais familiares e amigos que não puderam estar presentes, através da Internet. 


Antes da Missa, o 14º Administrador da Capela e Casa dos Coimbras, D. Rodrigo de Coimbra de Queiroz Vasconcelos e Lencastre, proferiu as seguintes intenções da Missa:

“1ª. O primeiro sufrágio será pela alma do Dr. João de Coimbra, Provedor do Arcebispado de Braga, instituidor do Morgadio dos Coimbras em 1530, por mercê de El Rei D. João III, e fundador desta Capela por inícios desse mesmo século, tornando-se esta sede do Morgadio e local de sua sepultura, cuja pedra tumular se pode ainda hoje admirar no chão deste Santuário Mariano.

2ª. O segundo sufrágio e dos mais sentidos, será pela alma da nossa querida Tia Zé,          D. Maria José de Lencastre, que a 3 de Março deste ano nos deixou, após prolongada doença, contra a qual lutou com tamanha coragem e dignidade, sempre acompanhada pelo seu filho incansável, D. Gaspar de Lencastre, o primeiro herdeiro dos bons valores e da obra que a Tia Zé nos deixa – um exemplo de caridade, generosidade, entrega e genuíno amor por todos os que partilharam da sua vida. Com muita saudade, pedimos a Nossa Senhora a tenha junto de si e que a Tia Zé continue a zelar por nós, como sempre o fez em vida.

3ª. Ainda uma intenção de última hora pela alma do nosso Primo José Ernesto Souza-Cardoso, caído precisamente esta madrugada e que participou em muitas destas reuniões ao longo destas quatro últimas décadas. Que Deus lhe dê o Eterno Descanso e que Nossa Senhora o receba em seus braços, precisamente hoje, em que se celebra a sua Imaculada Conceição.

4ª. A quarta intenção e não menos sofrida, será pela alma da nossa querida Prima Maria de Lencastre, que partiu a 17 de Agosto passado. Presença assídua nestas reuniões anuais, recordaremos sempre a Prima Maria como defensora das boas causas, com um grande coração, abnegado e carinhoso, onde sempre couberam e caberão as suas queridas filhas Carolina, Aninhas e Mimi. Por elas e pelos seus irmãos aqui presentes também pedimos hoje, para que Nossa Senhora os ampare nas horas de maior provação e que possam sempre sentir o amor maternal e fraternal da Prima Maria em todo o tempo das suas vidas.

5ª. Fazemos também sufrágio pelas muitas almas dos já falecidos que acorreram a esta Capela nestes últimos quarenta e quatro anos e são já muitos, sinal do valor humano e da amplitude inter-geracional que estas reuniões têm vindo a assumir.

6ª. Por último e como o valor da Missa é infinito, vamos pedir-lhe também alguma réstia de graça sobre todos nós, os aqui presentes e os que em casa nos acompanham através da internet, referindo de forma especial e terna a nossa Tia Guidinha que, do outro lado do Oceano, nos acompanha espiritualmente.”


Após a Missa, seguiu-se o tradicional brinde com vinho fino do Douro, tomado na Sala do Capítulo da Torre dos Coimbras, durante o qual D. Rodrigo Lencastre proferiu palavras de boas-vindas a todos os convidados, baseadas nas seguintes notas previamente preparadas:

  1. Sempre em primazia, agradecemos a Deus e a Nossa Senhora da Conceição (nesta sua data festiva) pelo privilégio de podermos estar reunidos desde há 44 anos para cá – por tal, fazemos a nossa Acção de Graças.
  1. Sendo também da praxis, agradecemos seguidamente a todos os presentes: Familiares e Amigos. Como é tradição, felicitamos de forma especial os estreantes nestas andanças: Ana Maria Lobo d’Ávila Lencastre, Teresa Spratley de Oliveira Braga, Teresa Furtado Peixoto Magalhães, Paula Maria Peixoto Pereira, Luís Manuel Aguiar Campos, António de Carvalho Sousa Guedes e José Coelho Lencastre da Silva Torres. Sejam bem-vindos e desejamos que por cá fiquem!
  1. Lembro também de forma sentida, os nossos familiares e amigos que já partiram e que marcaram presença nestas reuniões. Nomeando os últimos Administradores deste Morgadio, D. José, D. António e D. Miguel, pretendo encarnar neles as várias gerações que por aqui passaram e que já morreram. Sinto de forma muito especial este ano a partida da minha Tia Zé (Mãe do meu Primo D. Gaspar) e Prima Maria (Mãe das minhas Primas, Carolina, Aninhas e Mimi), ambas mulheres de nobre caráter e integra honra, que me acompanharam de perto desde menino e que sempre recordarei o seu exemplo e o seu carinho. À Carolina, Aninhas e Mimi e ao Gaspar, as minhas irmãs e eu renovamos a irmandade que nos une a eles e pedimos que sejam sempre um prolongamento das suas Mães nesta Terra, pelos seus pensamentos e pelas suas acções. Também a partida do Primo Ernesto Souza-Cardoso nos sofre e recordamos neste brinde.
  1. Este é também um ano especial para todos nós que nos encontramos reunidos hoje nesta Capela e sua Torre, devidamente restauradas, tendo a sua obra de recuperação sido realizada entre Abril a Julho deste ano. Obra essa ainda não terminada, estando prevista para o ano de 2022 a reabilitação do espaço exterior, nomeadamente a fachada da Capela e deste Torreão e as lojas térreas da Casa dos Coimbras. Também o jardim foi recuperado e devidamente preparado para acolher eventos de várias naturezas. Será com muita alegria que hoje realizaremos o nosso tradicional almoço-convívio neste pequeno “Jardim do Éden” bracarense. Todo o processo para se chegar a este resultado foi custoso, moroso e muito exigente, envolvendo diversas entidades e autoridades, das quais realço a empresa SIgninum, responsável pela execução das obras de recuperação e que sempre demonstrou para connosco um compromisso e um espírito de missão exemplares. É, portanto, com um misto de contentamento e de dever cumprido que as minhas irmãs e eu vos recebemos este ano na nossa sede do Morgadio dos Coimbras, materializado num espaço restaurado que inspira ainda mais a dignidade que este monumento bem merece e assegura também a sua preservação para as gerações vindouras. Estas pedras que sempre estiveram vivas pelo simbolismo, as tradições e memórias familiares em si guardadas, estão hoje revitalizadas na sua forma com os trabalhos de recuperação realizados e também na sua essência, com a celebração de mais uma destas nossas reuniões anuais. Uma menção muito especial à minha irmã D. Maria Isabel Lencastre que, de nós os três, se tem dedicado de forma mais abnegada à continuidade desta obra.
  1. E é precisamente as nossas aspirações para esta obra contínua que gostaria de partilhar convosco numa última referência, neste brinde que já vai longo. Na verdade, a Capela e Casa dos Coimbras é para nós verdadeiro monumento a um legado e uma história, não só da nossa Família, mas também de toda uma cidade que a rodeia. Foi com esse sentimento que definimos como propósito final, a reabertura da Capela de Nossa Senhora da Conceição da Guia e seu Torreão a toda a pólis bracarense, voltando a partilhar com a comunidade este magnífico património artístico e arquitectónico e sua espiritualidade e beleza ascética, tão bem encarnados neste pequeno templo de devoção mariana. Em suma e tal como referido no meu discurso de inauguração da Capela e Jardim dos Coimbras em Julho passado, desejamos que no grande plano das coisas, a Capela e Torre dos Coimbras infundam em quem as visita os bons valores e princípios que desde há muito regem a nossa Civilização e a nossa Mundividência: o Passado e Presente, sempre entrelaçados, rumo a um Futuro mais cristão, mais digno, mais humano e mais português.

 

Infundidos com este espírito e com a convicção de que a Capela e Casa dos Coimbras permanecerão sempre uma fortaleza dos bons valores de Cristo e da Portugalidade, ergamos então os nossos cálices uma vez mais este ano (como o fazemos há já 44 anos em todos os 8 de Dezembro), brindando ao Portugal de ontem do hoje e do amanhã e à nossa Família e Amigos, alicerçados nestas paredes centenárias:

PORTUGAL, PORTUGAL, PORTUGAL! VIVA!


Seguiu-se um almoço-convívio no Jardim da Casa dos Coimbras, no final do qual, cumprindo a tradição, D. Gaspar de Lencastre leu para todos a Acta, relativa à reunião familiar do ano de 2020, com indicação dos nomes de todos os presentes no almoço-convívio por essa ocasião.


Presentes - Reunião Familiar de 2021

  • D. Rodrigo de Coimbra Queiroz de Vasconcelos e Lencastre
  • António de Souza-Cardoso
  • António Lencastre Menezes e Cruz
  • Maria Haydee de Queiroz e Lencastre
  • Maria Isabel de Sousa Vasconcelos e Lencastre
  • Ana Maria Lobo d’Ávila Lencastre
  • Teresa Spratley de Oliveira Braga
  • Francisco José Marques dos Santos Carvalho
  • Carlos Luís de Almeida Vieira Pouzada
  • Margarida Maria Lencastre Torres Vieira Pouzada
  • Maria Joana Lencastre Torres Vieira Pouzada
  • António José Huet de Bacelar Pereira Marramaque
  • António Forbes de Bessa Lencastre
  • António de Carvalho Sousa Guedes
  • José Manuel Duarte Pinheiro Castro
  • Mariana Lencastre
  • José Luís Pinto de Oliveira Fleming Torrinha
  • Pedro Lencastre Torres de Castro Henriques
  • João de Vasconcelos e Lencastre de Menezes e Cruz
  • D. Gaspar de Coimbra Torres de Queiroz Vasconcelos e Lencastre
  • Rodrigo Cochofel Hölzer e Brito
  • Teresa Furtado Peixoto Magalhães
  • Maria Inês Mesquita Guimarães Almeida
  • José Coelho Lencastre Silva Torres
  • Rui Miguel Lencastre Torres Pereira da Cunha
  • José Carlos Lencastre Torres Vieira Pouzada
  • Maria Torres Pouzada Duarte Ramos
  • Pedro André Duarte Braga Ramos
  • Mariana Lencastre Torres Vieira Pouzada Ramos
  • Carlos Germano Lencastre Torres Vieira Pouzada
  • Rita Teixeira Borges Torres Pouzada
  • Maria Teresa Torres Pouzada Martins Bonito
  • Francisco Bonito
  • Maria Teresa Lencastre Torres Vieira Pouzada Martins Bonito
  • António Manuel Martins Bonito
  • Pedro Jorge Pias Canedo
  • Maria Margarida Ribeiro Godinho de Resende dos Santos
  • Luís Manuel Aguiar Campos
  • José Amado Peixoto Pereira Aguiar Campos
  • Sandra Peixoto Pereira Aguiar Campos
  • Paula Maria Peixoto Pereira
  • Sílvia Cardoso de Coimbra Vasconcelos Lencastre
  • Arnaldo Maria de Vasconcelos Lencastre Pimentel Barbosa
  • Ana de Saavedra e Lencastre Nunes de Oliveira
  • Maria Isabel Legrand de Coimbra de Vasconcelos e Lencastre
  • Arnaldo Maria Rosas Pimentel Barbosa
  • Isabel Torres Ribeiro
  • Clara Ribeiro Cohen
  • Francisco Santos Cohen
  • Isabel Maria Moura Ribeiro Queirós
  • Jorge Luís Blom Carneiro Leão
  • Mariana Canedo de Coimbra Vasconcelos e Lencastre
  • Ana Catarina Canedo Lencastre
  • Maria Margarida Canedo de Queiroz Vasconcelos e Lencastre
  • Maria de Guadalupe Madeira de Vasconcelos Stoffel
  • Maria da Graça Madeira de Vasconcelos Stoffel
  • André Madeira Stoffel
  •  
  • Presentes apenas na Missa:
  • D. Paulo de Neville da Cunha Sepúlveda de Lencastre
  • D. Nuno de Saavedra de Coimbra e Camanho de Lencastre

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Discurso de Reabertura Oficial da Capela e Torre dos Coimbras – 28.07.2021



Sua Excelência Sr. Presidente da Camara Municipal de Braga, Dr. Ricardo Rio

Exmos. Senhores Vereadores da Câmara Municipal de Braga, ...

Caríssimos convidados, familiares e amigos.

É como descendente de D. João de Coimbra, sepultado nesta Capela por ele erigida, e como 14º Administrador do Morgadio dos Coimbras, também por ele instituído em 1530, por mercê de El Rei D. João III, precisamente poucos anos após a fundação desta nossa Capela de Nossa Senhora da Conceição da Guia, que partilharei algumas palavras com Vossas Excelências, em representação da nossa Família.

É também em testemunho das já muitas gerações da Família Coimbra, anteriores a nós, que desde os inícios de 1500 têm legado esta Capela e sua Casa aos seus descendentes, até aos dias de hoje, que quero manifestar a nossa grande alegria e sentida comoção por podermos presenciar este acontecimento hoje e aqui.


A recuperação desta Capela e sua Torre, ímpares na cidade de Braga, provém de uma ideia antiga nossa que se transformou numa vontade partilhada com muitas outras pessoas e entidades, dando por fim origem ao nascimento da obra. Na verdade, esta edificação é para nós verdadeiro monumento a um legado e uma história, não só de uma família, mas também de toda uma cidade e foi precisamente com este espírito que, desde o início deste projeto, definimos como propósito final, a reabertura da Capela de Nossa Senhora da Conceição da Guia e seu torreão a toda a pólis bracarense, voltando a partilhar com a comunidade este magnífico património artístico e arquitectónico e sua espiritualidade e beleza ascética, tão bem encarnados neste pequeno templo de devoção mariana.

É também com esse mesmo espírito e elevando a nossa fé católica, sendo esta também um legado dos nossos antepassados, que, primariamente damos graças a Deus Pai e a Nossa Senhora da Conceição, Padroeira desta capela, agradecendo esta bem-aventurança de podermos estar todos aqui e celebrar esta efeméride tão importante para a família.

Permitam-nos também, antes de agradecer aos muitos que contribuíram para esta obra, lembrar os nossos antepassados, em especial a memória das duas últimas gerações que me precedem: o meu Avô, D. António de Lencastre e o meu Pai, D. Miguel de Lencastre, que celebraria hoje 77 anos de vida – uma simbólica conjugação de datas, demasiado importante para ser reduzida a uma mera coincidência. Ambos em vida dedicaram-se à valorização da Capela e Casa dos Coimbras. Muito mais que simples muros trabalhados ou monumentos de valor histórico, para nós, estas são as pedras vivas da nossa Família e de todas as gerações que por aqui passaram, um verdadeiro Legado Espiritual, relicário de história, de valores, tradições e memórias de muitas gerações.

Finalmente, gostaríamos de manifestar a nossa profunda gratidão a todos os que contribuíram para que este feito se concretizasse:

Aos materializadores desta obra e nossos parceiros, a empresa SIGNINUM, aqui configurada no Dr. Luís Aguiar e no Dr. António Cardoso, pelo compromisso e a confiança depositada neste projeto, sempre acompanhados de um entusiasmo e resiliência inexcedíveis, demonstrados em todos os esforços, em todas as dificuldades e em todos os desafios ultrapassados ao longo deste percurso;

A todas as entidades públicas, municipais, religiosas e sociais que contribuíram para que este projeto se pudesse realizar, apesar das dificuldades e riscos que esta insólita situação pandémica nos tem imposto, desde inícios do ano passado;

Aos muitos familiares e amigos que, ao longo de muitos anos, se dedicaram à manutenção física e espiritual da Capela e Casa dos Coimbras, relevando o Reverendíssimo Cónego António Macedo, seu saudoso irmão Sr. Manuel Macedo, durante muitos anos o Procurador desta Capela e todos os nossos familiares e amigos que, ao longo das últimas décadas, têm marcado presença nas nossas reuniões familiares anuais, aqui realizadas.

Por último, partilhamos o nosso desejo de que este espaço possa ser a partir de hoje na cidade de Braga um polo agregador de diversidade, cultura, humanidade, arte e alegria, pulsante de vida e sedento de futuro.

Como já o mencionei, desde há muitos anos para cá, por disposição testamentária do  D. João de Coimbra, que a nossa família se reúne todos os 8 de Dezembro nesta Capela, para celebrar a Missa em honra da Nossa Senhora da Conceição e em sufrágio pela alma do nosso valoroso antepassado, edificador desta Capela. Desde há muitos anos o fazemos na intimidade da família e amigos mais chegados. A partir deste ano, iremos como sempre, cumprir com essa antiga tradição familiar, mas com a boa consciência de saber que doravante as nossas portas permanecerão abertas a todos os bracarenses, portugueses e cidadãos do Mundo que queiram (re)descobrir este legado histórico.

Em suma, desejamos que no grande plano das coisas, a Capela e Torre dos Coimbras infundam em quem as visita os bons valores e princípios que desde há muito regem a nossa Civilização e a nossa Mundividência: o Passado e Presente, sempre entrelaçados, rumo a um Futuro mais digno, mais próspero e mais humano.

 

Rodrigo de Coimbra Queiroz de Vasconcelos Lencastre


"Capela dos Coimbras abre portas ao público" in Correio do Minho - 29.07.2021

 "A cerimónia de abertura contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, com os representantes da família Lencastre, e com o sócio da empresa Signinum, Luis Aguiar Campos.



Quanto à ideia de abrir a Capela, o actual administrador do Morgadio dos Coimbras, Rodrigo de Coimbra Lencastre, explica que “a recuperação provêm de uma ideia antiga que se transformou numa vontade partilhada com muitas entidades.”Acrescenta ainda que a edificação é um “verdadeiro monumento de um legado e de uma história, não só de uma família mas também de toda uma cidade”.

Com este projecto pretende-se que o edifício seja agora um polo agregador de diversidade, cultura, arte e alegria. Para Outubro está prevista a abertura de um Café-Museu na casa dos Coimbras, localizado junto ao jardim. Até lá, vão ainda ser desenvolvidos trabalhos de conservação do exterior da Capela. A entrada na mesma terá um custo de 5 euros, com direito a uma bebida no bar do jardim.
Estará disponível para visitas das 9.30 horas ás 18.30 horas, e, quanto à esplanada que se encontra no jardim da Casa, pode ser usufruído até ás 23 horas.

No que diz respeito aos principais desafios no trabalho de conservação da Capela, Luís Aguiar Campos ressalta que, até agora, a empresa esteve focada na preservação do interior da mesma, assim como na Torre. Para além disso “o altar em pedra de Ançã encontrava-se também em processo de desagregação, bem como o que resta da camada cromática”.
Os trabalhos no exterior serão iniciados “logo que haja licença de ocupação da via pública”, acrescenta."

in Correio do Minho, 29.07.2021

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

8 de Dezembro de 2020

Casa dos Coimbras – Reunião Familiar


Missa pelas 11:00 horas na Capela da Nossa Senhora da Conceição da Guia, celebrada pelo Reverendíssimo Cónego António Macedo, com homilia em honra de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal. Missa pelas 11:00 horas na Capela da Nossa Senhora da Conceição da Guia, celebrada pelo Reverendíssimo Cónego António Macedo, com homilia em honra de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal. Devido à proibição de mobilização física dos cidadãos entre Concelhos, determinada pelo Governo Português, com o intuito de abrandar o contágio da pandemia Corona Covid-19 que tem flagelado Portugal e o Mundo ao longo do ano de 2020, apenas estiveram presentes na Cerimónia, em representação simbólica de toda a Família, o actual Administrador do Morgadio, D. Rodrigo de Lencastre, juntamente com sua irmã D. Maria Isabel de Lencastre e seu primo D. Gaspar de Lencastre. A Missa foi transmitida em directo para os demais familiares e amigos que não puderam estar presentes, através da Internet, via Teams. 


Antes da Missa, o 14º Administrador da Capela e Casa dos Coimbras, D. Rodrigo de Coimbra de Queiroz Vasconcelos e Lencastre, proferiu as seguintes intenções da Missa:

“1ª. A primeira intenção da Missa será para satisfazer as determinações testamentárias do Dr. João de Coimbra, provisor do Arcebispo de Braga, D. Diogo de Souza, e a quem se deve a construção desta Capela nos princípios de 1500. Foi nesta Capela, que o Dr. João de Coimbra escolheu para seu sarcófago e na qual se encontra sepultado, que viria a assentar também a sede do Morgadio dos Coimbras que ele instituiria em 1530, por mercê de El Rei D. João III.

2ª. Serão estas segundas intenções de sufrágio pelas almas de todos aqueles que, acorrendo a esta cerimónia anual, foram caindo ao longo dos 43 anos que ela se vem realizando. Lembramos de uma forma especial, os nossos Familiares e Amigos mais próximos que, atravessando 4 gerações, comungaram connosco desta Missa tão especial, celebrada em honra a Nossa Senhora da Conceição.

3ª. A terceira intenção será um prolongamento da anterior, pedindo nós pelas almas dos últimos Administradores deste Morgadio dos Coimbras que me precederam, cada um deles representando os caídos da sua geração: D. José Maria de Lencastre, D. António de Lencastre e D. Miguel de Lencastre.

4ª. Para além dos mortos, também os vivos serão intencionalmente lembrados na Missa, com especial carinho a nossa querida Tia Guidinha, D. Margarida Maria de Lencastre, pedindo a Nossa Senhora que a proteja e lhe conceda muitas graças. Que o seu sorriso e a sua força nos continuem a inspirar por muitos mais anos, sem longe nem distância.

5ª. Por último e como o valor da Santa Missa é infinito, pedimos também por todos nós que assistimos a esta celebração, aqui nesta Capela ou em nossas casas, através da sua transmissão em directo, via internet. Condicionados pela pandemia que hoje grassa pelo Mundo inteiro, pedimos-vos Senhor, por intercepção de Vossa Mãe, a vossa proteção e auxílio neste momento de maior aflição, de uma forma especial para os que neste momento mais sofrem, directa ou indirectamente, com o flagelo desta doença.”


Após a Missa e na impossibilidade de se realizar o tradicional brinde com vinho fino do Douro, tomado na Sala do Capítulo da Torre dos Coimbras, pelas razões pandémicas já indicadas, D. Rodrigo de Lencastre encerrou a transmissão em directo, via Internet, com uma breve alocução, baseada nas seguintes notas, previamente preparadas:

“Querida Família,

Queridos Amigos,

Desejo apenas partilhar umas breves palavras para com todos os que nos seguem em casa, através da transmissão online, via internet.

Foi com tristeza que este ano, pela primeira vez em 43 reuniões familiares do dia 8 de Dezembro, não nos foi permitido congregar nesta nossa Capela dos Coimbras, nem tão pouco subir ao Torreão para o nosso tradicional brinde da praxis.

Não foi o tempo sempre tão escasso, nem a distância tão longa, nem as vicissitudes mais rotineiras das nossas vidas que nos obrigaram a prescindir da nossa celebração anual. Foi, sim, um pequeníssimo ser que, invisível aos olhos, se revela mais poderoso e implacável que muitas outras ameaças e inimigos, tome ele a forma da doença física, ou a da angústia do medo que incute em muitos.

E foi precisamente para fazer face a esta angústia dos dias de hoje, que fizemos por manter esta celebração viva e partilhada, através das novas tecnologias. Não queríamos, nem podíamos prescindir da celebração destes nossos rituais centenários nesta pequena e singela Capela que alberga em si toda uma espiritualidade e um legado vastíssimos e resistentes ao tempo. Por maiores que sejam as tormentas e os medos, a Fé permanece o farol sobre o rochedo que é a Família do sangue e a dos amigos.

Desde há mais de 500 anos para cá, este mesmo Altar, consagrado a Nossa Senhora da Conceição da Guia, foi testemunha dos tempos mais terríveis e difíceis, aos quais Portugal e os nossos antepassados subsistiram. Tenhamos nós a humilde capacidade de colocar este dia e este ano de 2020 sob o plano desses 5 séculos e, se o fizermos de forma honesta e despretensiosa, na verdade, saberemos valorizar ainda mais os nossos egrégios Avós que das brumas da memória levaram Portugal a muitas vitórias.

Sirvam então estes tempos, o da pandemia também, mas acima de tudo o do Natal, para nos curvarmos sobre nós próprios, numa dimensão abnegada e fiel à Verdade, convidando-nos a acolher e a assumir o essencial do que somos, do que vivemos, do que queremos ser e do queremos viver.

Antes de vos deixar com uma pequena e terna oração, queria apenas fazer uma última invocação… para mim, a mais importante deste dia: a minha querida Tia Zé, D. Maria José de Lencastre, Mãe do meu primo Gaspar, que estando hoje a atravessar uma provação muito difícil na doença, nos mostra a Força e Coragem que devemos assumir para enfrentar as adversidades e os medos que se nos deparam ao longo da nossa vida. Que Deus conceda a vitória final à Tia Zé e que a sua Força e Coragem nunca esmoreçam, devidamente fortalecidas pelas nossas orações.

Que Teus olhos, Menino, ensinem largueza e altura aos meus olhos.

Que Teus olhos curem os meus da fadiga e dos seus filtros.

Que Teus olhos desimpeçam a visão fragmentária, parcial e indecisa.

Que Teus olhos devolvam aos meus olhos o vento azul da viagem e a sua alegria.

Devolvam o real como anel aberto, em vez dos círculos obsidiantes e fechados.

Devolvam o aberto como imagem e programa.

Que Teus olhos, Menino, ensinem aos meus o seu Natal.

Cardeal José Tolentino de Mendonça:

 

Que o Deus Menino e Sua Mãe olhem por nós. Amén.

Portugal, Portugal, Portugal… VIVA!!!


Terminada a transmissão em directo, via Internet, deram-se por encerradas as cerimónias deste ano de 2020.