"Os Valores são os princípios indiscutiveis, que deverão servir de âncoras e alicerces à construção do que denominamos Ética de Vida.
Nós acreditamos nos Valores que, ao longo dos Séculos, têm dado provas de muito terem contribuido para dar sentido, significado e dignidade à existência humana.
Assim sendo, o Pai que somos, tem por imperativo moral de transmitir, da melhor forma que sabe, esses princípios aos seus descendentes."

Miguel Lencastre em "De um Pai para os Pais do Presente e do Futuro" - 2010

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

8 de Dezembro de 2024

Casa dos Coimbras - Reunião Familiar


Missa pelas 10:30 horas na Capela da Nossa Senhora da Conceição da Guia, celebrada pelo Senhor Padre Bruno Nobre, da Companhia de Jesus, com homilia em honra de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal.
Antes da Missa, o 14º Administrador da Capela e Casa dos Coimbras, D. Rodrigo de Coimbra de Queiroz Vasconcelos e Lencastre, proferiu as seguintes intenções da Missa:
 
“1ª. A Missa terá como primeira intenção a de satisfazer as disposições testamentárias do Dr. João de Coimbra, provisor do Arcebispo de Braga, D. Diogo de Souza, e instituidor do Morgadio dos Coimbras, dando-lhe como cabeça esta Capela de Nossa Senhora da Conceição da Guia, que o mesmo Dr. João de Coimbra escolheu para seu sarcófago e aqui se encontra sepultado.
 
2ª. A segunda intenção será para que o Reverendíssimo Cónego António Macedo, nosso Capelão de longa data, que se encontra em convalescença prolongada, brevemente se restabeleça, e que, igualmente, se encontre melhor, a nossa amiga Elisa Cunha e Silva, que tantas vezes participou nestas nossas reuniões – possam ambos estar aqui presentes de hoje a um ano, celebrando connosco, nesta capela, Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal.
 
3ª.  Como terceira intenção, pedimos pela nossa Tia Guidinha, D. Margarida Maria Lencastre, Matriarca da nossa Família, terno exemplo para as gerações que lhe sucedem, na vivência e testemunho dos bons Princípios e Valores herdados dos nossos antepassados e que devemos transmitir aos nossos filhos e netos. Pedimos a Nossa Senhora que a continue a guardar em saúde, graça e longevidade.
 
4ª.  Como o valor da Missa é infinito, ele será também aplicado por aqueles, já falecidos – e são já tantos – sem esquecer o meu Avô D. António de Lencastre (13º Administrador do Morgadio dos Coimbras), minha Avó D. Maria da Graça de Lencastre, meu Pai D. Miguel de Lencastre, meu Tio e Padrinho, D. João de Lencastre e minha Tia Maria José de Lencastre, meus Tios-Avós, Primos, parentes e amigos, que acorreram a esta cerimónia que, consecutivamente, se tem realizado há mais de 47 anos, sob a tutela de Nossa Senhora da Conceição da Guia.”
 
5ª. Do mesmo valor infinito da Missa esperamos que alguma graça ou réstia de virtude nos caiba, a nós, os vários que tão devotamente a ela assistimos e presenciamos, pedindo a Deus e a Nossa Senhora de Portugal que nos concedam saúde e paz, a nós e às nossas famílias.”
 

Após a Missa, seguiu-se o tradicional brinde com vinho fino do Douro, tomado na Sala do Capítulo da Torre dos Coimbras, durante o qual D. Rodrigo Lencastre proferiu palavras de boas-vindas a todos os convidados, baseadas nas seguintes notas previamente preparadas:
 
Um primeiro agradecimento dirigido a Deus e a Nossa Senhora da Conceição (data festiva) pelo privilégio de podermos estar reunidos desde há 47 anos para cá – por esse privilégio, fazemos a nossa Acção de Graças.

Um segundo agradecimento aos presentes: Familiares e Amigos. Como é tradição, felicitamos de forma especial os estreantes nestas andanças (o Sr. Padre Bruno Nobre que celebrou pela primeira vez a nossa Missa Mariana, minha prima Maria da Graça de Sousa Cardoso Milheiro da Costa e seu marido José Milheiro da Costa, minha prima Teresa Lencastre e seu noivo Bernardo Gaivão, minha prima Ana Filipa Lencastre e seu marido Pedro Manuel Rodrigues Lacerda Vieira e suas duas filhas Rita e Sílvia, os nossos amigos Gonçalo Bastos Pinto e António Augusto dos Santos Costa, o meu primo Pedro Lencastre Monteiro e finalmente o meu pequeno primo e afilhado, com apenas uma Primavera celebrada há dois dias,  D. João de Lencastre, filho varão do meu Primo Gaspar e que assim prolonga a nossa longa “varonia lencastrina”).
Sejam bem-vindos ao Clã.
 
Este ano, a razão das minhas palavras visa a Dignificação da palavra Pátria, o que Ela significa na riqueza da sua plenitude e a afirmação dos Valores que encerra. Para tal, recorri a escritos do arquivo do meu Pai, D. Miguel de Lencastre, um grande português e, quando vivo, um combatente acérrimo em defesa dos bons valores do Portugal etéreo, em tempos de guerra e de paz. Este texto, data de Outubro de 2011, mas permanece mais actual que nunca:
 
“No Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, lê-se que a Pátria é “o país em que cada um nasceu e de que é cidadão”. Contudo, a Pátria é algo de muito mais profundo, complexo e precioso.

A Pátria é a moldura que circunscreve e reflecte as virtudes e defeitos de um povo, a identidade de uma Nação e a História que lhe deu o Ser e a Alma.

A Pátria reúne em um só livro o Passado e o Presente, gerando ainda de forma indelével responsabilidades em relação ao futuro.

A Pátria portuguesa tem quase nove séculos de História!

Esta tem luzes e sombras, narra grandes feitos, epopeias, cobardias e traições, mas é inegável que enriqueceu de forma notável o Património da Humanidade.

A nossa Nação, no decorrer da sua já longa existência, foi governada por muitos e diversos Sistemas Políticos. Estes, melhores ou piores, são sempre limitados no seu tempo de vida. Eles são efémeros; a nossa Pátria deve ser perene.

A Pátria Portuguesa não é só o sacrário da sua memorável História; Ela está viva e, por isso, preparada para nos orientar no presente e ajudar a traçar o rumo para o futuro. Por isso, Ela responsabiliza e obriga os Portugueses de hoje a administrar com todo o zelo e desvelo o seu Património para, sem o desbaratar, ser transmitido às gerações vindouras.
Enfim, a Pátria deveria ser a “menina dos olhos” dos Portugueses e a sua musa inspiradora.”

E no entanto…

O Ensino oficial, a Literatura protegida, o Teatro e o Cinema subsidiados, a Comunicação Social dedicaram-se a achincalhar, ridicularizar, deturpar e até maldizer a Pátria.
A ideia de lutar e morrer pela Pátria tornou-se retrógrada e reaccionária. Impera hoje, a castradora máxima “mais vale um cobarde vivo que um herói morto”.
Hoje, se perguntarem aos nossos jovens o que é para eles a Pátria, a maioria responderá que é o sítio onde por acaso nasceram.

Para colmatar o vazio deixado pela morte dos Valores Pátrios, entronizou-se o materialismo em todas as suas vertentes, tendo este como preceito, fruir e gozar o presente, esquecer o passado e alijar as responsabilidades em relação ao futuro.

Por isso se incentivou de forma desbragada o consumismo, o hedonismo nas suas diversas facetas e se coroou como rei o relativismo que nega tudo o que é Absoluto e Sagrado.

Um patriota, espécie não protegida em vias de extinção, com amarga ironia escreveu: “O lema que vigorou no século passado foi “Deus, Pátria e Família”. Neste século, a diferença é pequena, basta acrescentar um “A”. Assim teremos Adeus Pátria e Família”.
 
Meu Pai terminava estes seus escritos sempre com a mesma interrogação:
“Portugal, para onde vais?”
 
A resposta a esta pergunta afigura-se cada vez mais lúgubre.
 
Termino com um pequeno prolongamento de filho, relativamente ao pensamento de seu Pai.

A nossa Pátria também começa nas nossas Casas, no nosso Lar, na nossa Família.
Sustém-se também nas correntes de Amizade e Lealdade que forjamos ao longo da vida.
Materializa-se em pedras inter-geracionais, erigidas num passado e preservadas no presente, rumo a um futuro.
A Pátria eleva-se ainda em Fé, num singelo altar de uma pequena capela mariana do Século XVI, ao redor do qual se congregam anualmente alguns portugueses de carácter.
E, finalmente, a Pátria celebra-se também em rituais solenes, dignos e nobres, sejam eles cerimoniados em efemérides formais e oficiais, de grande pompa e circunstância, sejam eles vividos num modesto brinde com Vinho Fino, comungado no seio de uma família de sangue e amizade, alentando-nos o animo, a coragem e a esperança para se cumprir o nosso Portugal!
 
Onde houver dois ou três portugueses de alma, haverá sempre Portugal!

PORTUGAL! PORTUGAL! PORTUGAL! VIVA!


Seguiu-se um almoço-convívio no restaurante “Palatu”, no centro histórico da cidade de Braga, no final do qual, cumprindo a tradição, o actual Administrador leu para todos a Acta, relativa à reunião familiar do ano de 2023.

Presentes - Reunião Familiar de 2024

  • D. Rodrigo de Coimbra Queiroz de Vasconcelos e Lencastre
  • Jorge Luís Blom Carneiro Leão
  • Isabel Carneiro Leão
  • Jocelyne Legrand Lencastre
  • Catarina Canedo Lencastre
  • Ana Filipa Conde Lencastre
  • Pedro Manuel Rodrigues Lacerda Vieira
  • Ana Conde Lencastre
  • António Lencastre
  • José de Freitas Lencastre
  • Sílvia Lencastre Vieira
  • Rita Lencastre Vieira
  • Teresa Furtado Peixoto Magalhães
  • D. Gaspar de Coimbra Torres de Queiroz Vasconcelos e Lencastre
  • D. João Maria Peixoto Magalhães de Vasconcelos e Lencastre
  • Maria Haydee de Queiroz e Lencastre
  • António Lencastre Menezes e Cruz
  • Nuno de Saavedra de Coimbra e Camanho de Lencastre
  • Filipa Freire de Andrade
  • Maria Luísa Sousa Cardoso
  • Maria da Graça de Sousa Cardoso Milheiro da Costa
  • Maria Ema Aguiar Queiroz Botelho de Sousa
  • José Milheiro da Costa
  • Nuno de Queiroz e Lencastre da Silva Torres
  • Gonçalo Bastos Pinto
  • Maria Isabel de Sousa Vasconcelos e Lencastre
  • Luis Megre Bessa
  • Ana Rita Lencastre
  • Luís da Gama Pimenta de Castro Damásio
  • Leonardo Pereira Rodrigues
  • Mariana Manuela Forbes de Bessa Lencastre
  • António Sousa Guedes
  • Francisco Xavier de Queiroz e Lencastre Torrinha
  • Mariana de Santiago Sottomayor de Brito e Faro
  • Maria Isabel Brito e Faro Fleming Torrinha
  • Maria Margarida de Brito e Faro Fleming Torrinha
  • João Vasconcelos Lencastre Menezes e Cruz
  • Rafael Lencastre Lins
  • Arnaldo Maria Rosas Pimentel Barbosa
  • Arnaldo Maria de Vasconcelos Lencastre Pimentel Barbosa
  • Sílvia Cardoso de Coimbra Vasconcelos Lencastre
  • Miguel Maria de Coimbra e Lencastre Pimentel Barbosa
  • Maria Isabel Legrand de Coimbra de Vasconcelos e Lencastre
  • António de Coimbra Madeira de Vasconcelos Lencastre Stoffel
  • Bernardo Lopo de Carvalho de Orey Gaivão
  • António Moura Maia Torres Carona
  • Leonor Afonso de Sepúlveda e Lencastre
  • Vicente de Lencastre Afonso e Sepúlveda Maia Carona
  • Gaspar de Lencastre Afonso e Neville Maia Carona
  • Teresa Brun Afonso de Camanho e Lencastre
  • Filipa de Lencastre Torres Vieira Pouzada
  • António Augusto dos Santos Costa
  • André Madeira Stoffel
  • Maria de Guadalupe Madeira de Vasconcelos Lencastre Stoffel
  • Maria da Graça Madeira de Vasconcelos e Lencastre Stoffel
  • Mariana Canedo de Coimbra de Vasconcelos e Lencastre
 
Presentes apenas na Missa:
  • Padre Bruno Nobre
  • Júlia Canedo
  • José Luís Canedo
  • Maria Joana Lencastre Torres Vieira Pouzada
  • António José Huet de Bacelar Pereira Marramaque
  • Pedro Lencastre Monteiro