"Os Valores são os princípios indiscutiveis, que deverão servir de âncoras e alicerces à construção do que denominamos Ética de Vida.
Nós acreditamos nos Valores que, ao longo dos Séculos, têm dado provas de muito terem contribuido para dar sentido, significado e dignidade à existência humana.
Assim sendo, o Pai que somos, tem por imperativo moral de transmitir, da melhor forma que sabe, esses princípios aos seus descendentes."

Miguel Lencastre em "De um Pai para os Pais do Presente e do Futuro" - 2010

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

8 de Dezembro de 2019

Casa dos Coimbras – Reunião Familiar


Missa pelas 11:00 horas na Capela da Nossa Senhora da Conceição da Guia, celebrada pelo Reverendíssimo Cónego António Macedo, com homilia em honra de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal.

Antes da Missa, o 14º Administrador da Capela e Casa dos Coimbras, D. Rodrigo de Coimbra de Queiroz Vasconcelos e Lencastre, proferiu as seguintes intenções da Missa:

“1ª. O primeiro sufrágio será pela alma do Dr. João de Coimbra, Provedor do Arcebispado de Braga, instituidor do Morgadio dos Coimbras e fundador desta Capela, cabeça desse Morgadio, que ele escolheu também para sua sepultura e onde se encontra jazido.

2ª. O segundo sufrágio e o mais sentido este ano será pela alma do nosso saudoso amigo Sr. Manuel Macedo, falecido a 26 de Janeiro deste ano. Procurador desta Capela, já desde o tempo de vida de meu Bisavô D. José de Lencastre, o seu exemplo de abnegação e dedicação para com a nossa Família e esta Capela deverão ser sempre recordados por nós. Da mesma forma, as outras causas que abraçou e viveu ao longo da sua vida – o Evangelho, a Caridade, o Escutismo e a Família, são testemunho e prova do carácter admirável e completo de um homem de humildade rara para com uma alma tão cheia. Pedimos assim a Deus e a Nossa Senhora da Conceição o tenham já em Sua companhia. 

3ª. O terceiro sufrágio será pela alma do estimado Eng. Calhau Roberto, falecido no passado dia 3 de Outubro. A sua profunda amizade, vivida e partilhada em vida ao longo de largas décadas com meu Avô, D. António de Lencastre, 13 º Administrador do Morgadio dos Coimbras, é também hoje recordada e celebrada nesta cerimónia.

4ª. Como quarta intenção, rezaremos por todos os que já partiram da nossa Família, recordando o meu Avô, D. António de Lencastre e o meu Pai, D. Miguel de Lencastre, representantes de duas gerações familiares diferentes, refletindo-se neles todos os nossos Avós, Pais, Esposos, Tios, Irmãos e Primos que já partiram. Que Maria, Nossa Senhora, reforce a nossa Fé, pois é Ela que nos faz acreditar que todos os nossos queridos estão hoje aqui em espírito a celebrar connosco este dia tão especial – um dia de Fé, de Família e de Amizade.

5ª. De igual forma, colocamos como quinta intenção o sufrágio pela alma de todos familiares e amigos que, acorrendo a esta cerimónia anual nos últimos 42 anos, foram partindo para junto do Pai.

6ª. Por último e como o valor da Missa é infinito, esperamos que alguma graça ou réstia de virtude nos caiba, a nós, os vários que tão devotamente a ela assistimos e presenciamos.

Terminadas as intenções formais, peço a todos os presentes que rezem também pela nossa venturosa Tia Guidinha, a última da sua brilhante geração – os filhos de D. Maria Haydée e D. José de Lencastre; para que Nossa Senhora a proteja e guie em saúde e ânimo por Terras de Vera Cruz. Possa a nossa oração chegar mais longe do que o oceano que nos separa desta nossa tão querida Tia-Matriarca.“


Após a Missa, seguiu-se o tradicional brinde com vinho fino do Douro, tomado na Sala do Capítulo da Torre dos Coimbras, durante o qual D. Rodrigo Lencastre proferiu palavras de boas-vindas a todos os convidados, baseadas nas seguintes notas previamente preparadas:

1.    Em primeiro lugar e como nunca poderei deixar de priorizar, quero agradecer a nosso Deus Pai e a Nossa Senhora da Conceição por nos concederem esta bem-aventurança de termos família e amigos de tão elevada virtude, reunindo-nos todos neste dia, desde há 42 anos para cá, precisamente para celebrar esta fortuna. Somos, de facto, abençoados por tal.
2.  Seguidamente, já meu Avô o fazia com exemplar praxis, quero agradecer a todos os aqui presentes, relevando sempre os que pela primeira vez acorrem a este ritual anual. O ano passado tivemos bastantes estreantes da minha geração, primos-bisnetos de D. Maria Haydée e D. José de Lencastre. Este ano, também com novo sangue multigeracional, temos como debutantes os meus Primos Maria Teresa, Miguel e sua filha Margarida Sousa-Cardoso; também meus primos a Carminho Lencastre de Menezes e Cruz, o Diogo Lencastre Torres Pereira da Cunha, o Manuel Gonçalves Henriques; ainda os amigos Isabel Abreu Lima e o António Marramaque e finalmente o meu sobrinho, com apenas um ano de vida, Arnaldo Maria de Vasconcelos e Lencastre Pimentel Barbosa. Sejam todos bem-vindos a estas reuniões e possam todos vós, a partir de hoje, ser presenças assíduas nos próximos 8 de Dezembro aqui em Braga.
3.     Para todos os estreantes e também para as gerações mais novas aqui presente, quero hoje falar-vos um pouco mais da história das pedras que nos rodeiam e da sua forte ligação à nossa família. Na verdade, para o fazer, não precisei de recorrer a um estudo intensivo de livros da história, heráldica e genologia. Uma das bênçãos que Deus me concedeu, foi o de poder viver com um Avô até aos seus 104 anos. O legado escrito que ele deixou é devera muito vasto. Bastou-me, portanto, fazer um breve apanhado das intervenções de meu Avô nestas reuniões anuais, para conseguir consubstanciar um breve resumo sobre o que nos faz estar aqui todos os anos. Passo então a ler-vos alguns excertos dessas intervenções – ler notas históricas.

Possamos nós manter as forças de espírito para continuar a cumprir este legado com quase 500 anos de história. Façamo-lo com dignidade e orgulho. Recordemos os que já cá não estão connosco, mas que nos protegem lá de cima. Tenhamos coragem de lhes seguir o exemplo de Fé e Portugalidade, para sermos também nós exemplo para os mais novos.
Na verdade, se já cumprimos com este legado nesta Capela, maior obrigação temos então de cumprir com o legado maior que é Portugal – um legado que se está a perder, pois, se não o fizermos, queridos familiares e amigos, o nosso grito tradicional de regozijo e também de revolta, deixa de ter sentido:

PORTUGAL! PORTUGAL! PORTUGAL! VIVA!


Seguiu-se um almoço-convívio no restaurante “Insólito” (253 206 420), em Braga, no final do qual, cumprindo a tradição, D. Gaspar de Lencastre leu para todos a Acta, relativa à reunião familiar do ano de 2018, seguido da indicação dos nomes de todos os presentes no almoço-convívio por essa ocasião, esta última realizada por Maria Joana Lencastre Torres Vieira Pouzada.

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